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Como decifrar os rankings de MBA internacional

Saiba o que está por trás das listas que escolhem os melhores programas de MBA do mundo

Professor durante aula na Wharton School of Business (Divulgação)

Professor durante aula na Wharton School of Business (Divulgação)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 20 de março de 2012 às 09h23.

São Paulo – Para alguns, Harvard é, de longe, a melhor. Para outros, Stanford é a única capaz de deixar outras universidades comendo poeira. Há até quem (raramente) dê destaque para alguma escola de negócios brasileira. Mas, afinal, qual programa de MBA é, de fato, melhor?

A resposta varia de acordo com os critérios e a metodologia de pesquisa adotados por cada instituição ao elaborar um ranking. Em algumas, o que vale é a valorização salarial dos alunos após o programa de MBA. Em outras, as parcerias entre as escolas de negócios e o mercado de trabalho. E por aí vai.

Para não se perder e escolher o ranking que mais se aplica às suas ambições profissionais, confira a metodologia adotada pelas principais listas de melhores programas de MBA:

Financial Times
Anualmente, o Financial Times publica cinco rankings anuais voltados para programas de MBA global e MBA executivo, além de escolas de negócios europeias e mestrado em gestão.

Para chegar aos nomes que compõem a lista de MBA global, o FT dá ênfase para a valorização salarial dos ex-alunos três anos após a conclusão do MBA. Mas também avalia itens como diversidade da equipe de professores e alunos, além de produção acadêmica.

O último ranking de MBA global foi divulgado em janeiro deste ano. Nele, a escola de negócios de Stanford levou a primeira posição. Do Brasil, apenas o Coppead, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, aparece no ranking.

Forbes
O ranking de melhores escolas de negócios da Forbes é feito com base na relação custo benefício de cada programa de MBA tendo em vista os investimentos durante o programa e o retorno salarial até cinco anos após a formatura no MBA. No ranking do ano passado, a Forbes consultou 16 mil ex-alunos.


US News e World
A qualidade do ensino equivale a 40% da nota final de cada escolar. Para avaliar esse quesito, a US News & World pede a opinião de reitores, diretores de escolas de MBA dos EUA e headhunters. O salário após o curso de MBA, a taxa de empregabilidade e até as notas no GMAT também entram na equação final para compor o ranking.

The Economist
O ranking da The Economist  é baseado em pesquisas feitas com alunos e escolas de negócios. A abertura para novas oportunidades de carreira e a experiência educacional correspondem, cada uma, a 35% da nota de cada instituição. Aumento salarial e oportunidade de networking equivalem, respectivamente, a 20% e 10% da nota final.

BusinessWeek
Entre os rankings divulgados anualmente pela BusinessWeek estão as listas de melhores programas de educação executiva, MBA executivo, MBA de tempo integral e meio período.

MBA executivo: A publicação se baseia em pesquisas feitas com alunos e diretores das escolas de negócios. As respostas dos estudantes ao longo de cinco anos correspondem a 65% da nota final conferida a cada instituição. Na equação final entram itens como a média salarial de ex-alunos, qualidade das disciplinas e até número de alunos em sala.

MBA de tempo integral e meio período: Para chegar à lista, a publicação faz pesquisa com alunos e recrutadores, além de montar um índice de capital intelectual. Os estudantes devem avaliar itens como qualidade das aulas, serviços voltados para carreira, networking com ex-alunos e os esforços da instituição durante o recrutamento. Além disso, cada companhia enumera quantos alunos contratou de cada curso de MBA. Já o índice de capital intelectual é medido com base no número de publicações em jornais acadêmicos de prestígio feitas por professores da instituição nos últimos cinco anos.

Educação Executiva: Neste ranking, o foco é a opinião das companhias que contratam os cursos oferecidos pelas instituições em questão. Neste ponto, as empresas avaliam os programas sob a perspectiva de uma visão global de negócios, inovação, liderança e estratégia.

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