Eduardo Penido espera levar para a instituição as experiências do setor no Brasil (Marcelo Calenda/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2011 às 15h18.
São Paulo - Eduardo Penido, sócio-diretor do Opportunity Gestora de Recursos, é o primeiro brasileiro a assumir a presidência da Associação Internacional de Fundos de Investimentos (IIFA, na sigla em inglês). A eleição foi anunciada ontem durante a 25ª edição da conferência anual da entidade.
Fundada em 1987, a IIFA reúne hoje representantes de associações de fundos de investimento de mais de 40 países. Juntos, seus associados tinham, até o final de março deste ano, patrimônio sob gestão de mais de US$ 25 trilhões.
O novo presidente também é membro dos Comitês de Fundos de Ações e Multimercados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e presidente da Federação Ibero-americana de Fundos de Investimento (Fiafin).
Segundo Penido, que comandará a IIFA nos próximos 2 anos, sua eleição é um reconhecimento internacional de que "estamos indo bem". Seu objetivo à frente da instituição é levar a outros países as experiências "bem-sucedidas" da indústria de fundos brasileira, tais como a normatização da coleta de dados do setor e a posterior disponibilização dessas informações. "Pretendo trabalhar bastante em cima do processo de educação do investidor, que já é o grande foco da indústria", promete Penido.
Ele também afirma, por meio de nota, que buscará incentivar a eficiência da abertura dos mercados. "Adicionalmente aos esforços para promover e vender nossos produtos em outros países, vamos priorizar a quebra de barreiras para estimular o fluxo de capitais", diz.
Diante de um outono que começou de maneira turbulenta nos mercados financeiros globais, é necessário que a indústria de fundos de investimento permaneça unida. Esse foi um dos recados do recém-eleito presidente da IIFA durante o evento em Estocolmo, encerrado ontem, que reuniu associações de fundos de investimento de 36 países. "Com a perspectiva de longo prazo em mente, questões como investimentos sustentáveis e responsáveis e governança corporativa como instrumentos geradores de boas performances para investidores ganham mais importância", avalia Penido.