As puxadas de tapete mais comuns no mundo do trabalho
Pesquisa com mais de 3,8 mil profissionais mostra que sabotagens são frequentes no mundo corporativo. Confira os casos mais citados
Camila Pati
Publicado em 30 de agosto de 2015 às 14h04.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h34.
São Paulo – Olhe para cima (e, não, para baixo) para diminuir o risco ser a próxima vítima de uma puxada de tapete no ambiente de trabalho . Pesquisa realizada pela Vagas.com com mais 3,8 mil profissionais mostra que o perigo mora um degrau acima na hierarquia corporativa: mais da metade das sabotagens (54%) tem chefes diretos ou superiores como protagonistas. “É surpreendente. Esperávamos que viessem menções em relação a chefes e superiores, mas não tanto”, diz Rafael Urbano, especialista em inteligência de negócios na Vagas.com. Usadas como metáfora para ações com o intuito deliberado de prejudicar alguém, as puxadas de tapete são frequentes. O levantamento mostra que 62% dos participantes já foram prejudicados por alguém da empresa, entre subordinado, par ou superior (direto ou não). Impunidade
E depois da queda, as vítimas ficam com a sensação de impunidade para o sabotador. Entre os participantes da pesquisa, 26% disseram que nada mudou, 26% afirmaram que perderam uma promoção ou reconhecimento que mereciam e 19% acabaram sendo demitidos. Para 14%, a puxada de tapete chamou atenção de outras pessoas na empresa e 6% disseram ter acionado canal institucional da empresa para reclamar e não obtiveram resposta. Apenas 3% procuraram usaram este tipo de recurso e conseguiram um posicionamento da empresa. “A questão fica reclusa. Podemos entender que poucas pessoas acionam canais de comunicação das empresas porque não querem se expor”, diz Urbano. De acordo com ele, fica no ar a pergunta: as empresas estão preparadas para receber este tipo de queixa dos seus funcionários? Parece que não. Muitas empresas, diz ele, sequer oferecem este tipo de recurso aos seus profissionais. Confira, nas fotos, quais as puxadas de tapete mais comuns e prepare-se, pois elas chegam quando e de quem menos se espera.
E depois da queda, as vítimas ficam com a sensação de impunidade para o sabotador. Entre os participantes da pesquisa, 26% disseram que nada mudou, 26% afirmaram que perderam uma promoção ou reconhecimento que mereciam e 19% acabaram sendo demitidos. Para 14%, a puxada de tapete chamou atenção de outras pessoas na empresa e 6% disseram ter acionado canal institucional da empresa para reclamar e não obtiveram resposta. Apenas 3% procuraram usaram este tipo de recurso e conseguiram um posicionamento da empresa. “A questão fica reclusa. Podemos entender que poucas pessoas acionam canais de comunicação das empresas porque não querem se expor”, diz Urbano. De acordo com ele, fica no ar a pergunta: as empresas estão preparadas para receber este tipo de queixa dos seus funcionários? Parece que não. Muitas empresas, diz ele, sequer oferecem este tipo de recurso aos seus profissionais. Confira, nas fotos, quais as puxadas de tapete mais comuns e prepare-se, pois elas chegam quando e de quem menos se espera.
Ter confiado muito em uma pessoa que depois viria a prejudicar sua imagem foi a puxada de tapete mais citada na pesquisa, com 32% das respostas. “A relação de confiança está mais tênue e isso serve de alerta para os profissionais”, diz Rafael Urbano, especialista em inteligência de negócios na Vagas.com.
Ficar com “os louros” de uma boa ideia ou iniciativa é outra ação de que 23% se disseram vítima no ambiente de trabalho. “É algo que acontece em vários níveis hierárquicos, não só no nível operacional, mas também há muitos casos de diretores que roubam ideia de gerentes”, diz Urbano.
A terceira puxada de tapete mais citada foi a exclusão de projetos com o objetivo de prejudicar a visibilidade profissional, com 17% das respostas. Em empresas com modelo de gestão horizontal - ou seja, sem hierarquia como é o caso da Vagas.com - este tipo de problema é pouco comum, segundo Urbano. “Nós trabalhamos em rede, em conjunto, é muito difícil alguém ficar excluído dentro de uma estrutura horizontal”, diz.
Ter sido acusado injustamente também aparece como uma puxada de tapete que já teve 13% dos participantes da pesquisa da Vagas.com como vítimas.
Assistir ao favorecimento de um colega sem mérito pela capacidade profissional também foi uma das puxadas de tapete consideradas na pesquisa. Entre os participantes, 13% já foram preteridos injustamente.
A autoridade posta em cheque também apareceu na pesquisa da Vagas.com. Entre os profissionais, 12% revelaram que pessoas da empresa já passaram por cima de sua autoridade e tomaram decisões que não lhes cabiam.
A pesquisa mostra que 11% dos profissionais já foram induzidos propositalmente a erro por pessoas que tinham como objetivo se aproveitar do equívoco e se promover.
Seis por cento dos participantes já foram traídos pelas informações não oficiais da rádio peão. Com base em rumores e fofocas, estas pessoas acabaram tomando atitudes precipitadas e se prejudicaram por isso.
Entre os participantes, 38% tiveram o tapete puxado, no entanto, não identificaram nenhuma das opções anteriores como semelhantes a sua experiência indigesta. Entre um andar e outro de uma empresa, há mais tapetes e pessoas dispostas a sorrateiramente arrastá-los do que pode imaginar muita gente.
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