Carreira

Apenas 7% dos profissionais têm total domínio do inglês

Brasileiros estão na lista dos que mais engasgam no idioma durante o expediente

Brasileiros estão entre os piores da América Latina na hora de usar inglês no trabalho (Oli Scarff/Getty Images)

Brasileiros estão entre os piores da América Latina na hora de usar inglês no trabalho (Oli Scarff/Getty Images)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 12 de maio de 2011 às 17h42.

São Paulo – Você ainda sente um frio na barriga antes de toda entrevista com parceiros internacionais? E não é o único. De acordo com pesquisa, apenas 7% dos profissionais – cujo inglês não é língua nativa – dominam totalmente o idioma e são capazes de utilizá-lo durante o expediente.

O número de pessoas que, provavelmente, contam no currículo que sabem tudo sobre a língua é maior. Do total de participantes do estudo feito pela GlobalEnglish, 70% afirma que têm o inglês como segundo idioma.

Mas isso não significa, segundo o estudo, que todas essas pessoas estão preparadas para usá-lo tranquilamente no trabalho.

Já os brasileiros não só seguem a tendência mundial como estão entre os profissionais que mais engasgam na hora de falar inglês durante o expediente. Os profissionais do Brasil conseguiram apenas pontuação de 3.84 no estudo conduzido pela GlobalEnglish.

Na América Latina, os brasileiros ficaram atrás de países como Honduras, que ganhou nota média de 5.46, e Argentina, com 4.81.

Países da América Latina Nota
1. Honduras 5.46
2. Argentina 4.81
3. Peru 4.41
4. Colômbia 4.33
5. México 4.07
6. Costa Rica 4.03
7. Equador 4.03
8. Brasil 3.84
9. Chile 3.53

A média mundial também decepcionou. Segundo o estudo, o nível mundial de fluência em inglês de profissionais não nascidos em países de língua inglesa é de 4.46.

De acordo com o levantamento feito com profissionais de 152 países, as pessoas que ficaram dentro dessa classificação são capazes de compreender termos de negócios básicos ao telefone ou durante uma discussão.

No entanto, nesse nível, os profissionais "não podem entender boa parte das apresentações de negócios, assumir um papel de liderança durante as reuniões ou atuar em tarefas mais complexas", afirma o estudo.

Por setor
A indústria de serviços, que inclui consultorias de RH e escritórios de advocacia, teve o melhor desempenho. Em média, profissionais desse mercado têm um nível de fluência em inglês de negócios de 5.34. Depois deles, estão os profissionais da área de tecnologia com nota 5.2. O pessoal da indústria aérea e defesa, na terceira posição, apresentaram um nível médio de 4.77.

No índice English Proficiency Index (EPI), feito pela escola e agência de intercâmbios Education First (EF), os brasileiros receberam nota média de 47,27 – desempenho inferior ao apresentado por participantes de países como Argentina, Costa Rica e República Tcheca.

Com isso, o Brasil conquistou a 31ª posição em ranking de 44 países que não têm o inglês como língua oficial.

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