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Publicado em 7 de março de 2024 às 11h04.
Última atualização em 7 de março de 2024 às 11h21.
Seja no mercado de trabalho ou nas tarefas do cotidiano, ainda não é possível mensurar os impactos a longo prazo da inteligência artificial. De qualquer forma, sua existência não pode ser ignorada: a chegada da IA foi um marco revolucionário. E como toda nova tecnologia, pode gerar medo – mas também oportunidades.
Para Bill Gates, fundador da Microsoft, o desenvolvimento de ferramentas de IA, como o ChatGPT, foi uma das maiores revoluções que ele já presenciou. “Durante a minha vida, vi duas demonstrações de tecnologia que me pareceram revolucionárias”, escreveu Gates em seu blog. “A primeira vez foi em 1980, quando fui apresentado a uma interface gráfica de usuário – a precursora de todos os sistemas operacionais modernos, incluindo o Windows. A segunda veio ano passado. Tenho me reunido com a equipe da OpenAI desde 2016 e fiquei impressionado com o constante progresso”.
Em meio a descobertas empolgantes e incertezas, o bilionário fez algumas previsões sobre o impacto da IA no futuro do trabalho. Confira a seguir.
Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que quase 40% dos empregos no mundo serão afetados pelo avanço da IA. No entanto, isso não significa a extinção de profissões. “À medida que o poder computacional fica mais barato, a capacidade do ChatGPT de expressar ideias será cada vez mais semelhante a ter um funcionário administrativo disponível para ajudá-lo em diversas tarefas”, escreve o magnata em seu blog.
O que pode acontecer, na verdade, é a alocação da inteligência humana em atividades mais estratégicas e que demandam senso crítico e criatividade. “Seres humanos são treinados utilizando conjuntos de dados e, em breve, estes conjuntos de dados também serão utilizados para treinar as IAs, que capacitarão as pessoas a realizar seus trabalhos de forma mais eficiente.”
Gates descreve as capacidades do ChatGPT 4 como "dramáticas", destacando sua habilidade avançada de leitura e escrita. Embora as habilidades da ferramenta sejam impressionantes, especialistas afirmam que a tecnologia tende a automatizar tarefas, e não profissões inteiras.
Estima-se que até 2030 os conjuntos de habilidades necessárias para nossos empregos mudarão em até 65%. Se antes as funções eram apenas definidas por títulos, agora o profissional precisa desenvolver um conjunto de competências diversificadas e adaptativas para se enquadrar nesse novo modelo de trabalho.
Diante deste cenário, torna-se necessário que os profissionais saibam conviver com esta realidade e aprendam a usar a IA de forma estratégica em suas carreiras.
“Estamos apenas no início dessa transição, uma época empolgante, mas confusa”, ressalta Gates. No entanto, nesta nova onda de tecnologia, a inovação torna-se uma questão de sobrevivência para as empresas.
A capacidade da IA de processar grandes volumes de dados, identificar padrões e tomar decisões inteligentes está transformando a maneira como as empresas operam e como as pessoas interagem com a tecnologia.
Em paralelo a essa transformação, líderes e gestores ganham um novo papel: o de agentes de mudança, a fim de conduzir o movimento de transformações resultantes da implementação da inteligência artificial nos processos do dia a dia.
Isso quer dizer que os tomadores de decisão também serão responsáveis por promover a colaboração com outros departamentos e funções para garantir a integração e alinhamento do trabalho com a IA, não apenas nas suas equipes, mas também nos clientes e parceiros.
*Conteúdo apresentado por Faculdade EXAME.