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7 pecados capitais de quem vai prestar um concurso público

Está se preparando para um concurso público? Veja 7 pecados capitais que podem comprometer o seu sucesso no exame

Exaustão: uma rotina sem repouso nem lazer pode comprometer as chances de um concurseiro (Thinkstock/evgenyatamanenko)

Claudia Gasparini

Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 14h00.

São Paulo - O melhor método para estudar para um concurso público é tudo, menos óbvio.

Não se trata de virar as noites mergulhado em livros teóricos; tampouco significa estudar só quando “sobra um tempo” para a preparação.

O segredo, dizem os professores, está num equilíbrio delicado de dedicação e repouso, leitura e exercício, preocupação com o exame e confiança no seu próprio desempenho.

Para ter sucesso na empreitada, é preciso tomar cuidado para não incorrer em alguns “pecados capitais” do mundo dos concursos. Quatro especialistas ouvidos por EXAME.com dizem quais são eles. Veja a seguir:

1. Procrastinar
Não ter uma rotina de estudos - e então se permitir adiar o trabalho quando for conveniente - é um hábito que destrói as chances de qualquer candidato.

Para Nestor Távora, professor da LFG, o concursando deve respeitar rigorosamente dias e horários estabelecidos para o estudo para não deixar outras atividades da rotina sequestrarem o seu tempo. Se está trabalhando, a preparação deve ser compreendida como uma espécie de segundo emprego.

2. Desconhecer o edital
Ler o manual de um cartão de crédito parece ser uma tarefa burocrática e aborrecida, mas desconhecer o seu conteúdo pode virar uma grande dor de cabeça. Com editais de concursos públicos, não é diferente.

O documento contém detalhes sobre o programa das provas, os critérios para a candidatura e as fases do processo seletivo. Dar pouca atenção a ele  - ou mesmo acreditar que ele será igual ao das provas anteriores - é um erro grave e muito comum, diz Lincoln Moura, coordenador do curso Pra Passar.

3. Desconhecer a banca
Tão grave quanto negligenciar o edital é não saber qual é o perfil dos organizadores do concurso. “Cada banca tem um jeito próprio de atuar”, diz Távora. “Algumas se concentram no texto da lei, enquanto outras se atêm aos autores e suas doutrinas, ao passo que outras cobram mais jurisprudência”.

Seu concurso também inclui prova oral? Vale checar quem são os seus avaliadores, caso a lista de nomes seja publicada. Segundo o professor da LFG, não é raro que eles façam perguntas ligadas às suas próprias áreas de pesquisa de mestrado ou doutorado, por exemplo.

4. Não fazer fichamentos
Muitos pedagogos defendem que escrever é uma excelente forma de fixar conteúdo. Por isso, ler e grifar textos teóricos é importante, mas também é obrigatório fazer um fichamento deles com as suas próprias palavras, diz o professor Távora.

Além de facilitar a assimilação e a retenção da matéria, o resumo ainda pode ser consultado posteriormente pelo candidato no lugar do livro - o que gera uma preciosa economia de tempo. Só não vale pegar um fichamento pronto na internet, já que ele será uma leitura como qualquer outra.

5. Não treinar
Além das leituras e fichamentos, também é indispensável resolver exercícios. “Sem fazer simulados e questões de provas anteriores, o candidato não vai aplicar a teoria que estudou, não saberá quanto tempo demora para concluir o exame e nem como o conteúdo poderá ser cobrado na prova”, afirma Marcelo Marques, diretor do site Concurso Virtual.

O treino também é fundamental para concursos que exigem desempenho físico, como alguns organizados pela polícia. Para se dar bem, é importante medir a sua performance nos exercícios e acompanhar sua evolução ao longo do tempo.

6. Ceder ao “terrorismo”
Quem é concurseiro sabe: não faltam fóruns e grupos de discussão na internet que só servem para alimentar a ansiedade e tirar a segurança de quem vai fazer a prova.

De acordo com Marques, alguns indivíduos mal intencionados usam esses espaço para minar a motivação dos concorrentes. Para não perder tempo com o “terrorismo” alheio, é melhor se concentrar nos seus próprios estudos e manter-se confiante.

7. Abdicar do lazer
A preguiça é um item bastante conhecido da compilação dos 7 pecados capitais descritos pela Igreja Católica. Nesta lista adaptada ao mundo do concurseiro, a capacidade de relaxar - na medida certa - é virtude.

Afinal, diz Rodrigo Lelis, professor do Universo do Concurso, uma rotina sem lazer é nociva à saúde e ao próprio desempenho do candidato. “Estudar de manhã, à tarde e à noite, sem descanso, abandonando a família e os amigos, leva à exaustão”, diz ele. “Investir em repouso e diversão é essencial para que você se sinta bem e dê seguimento a uma preparação de qualidade".

São Paulo – O anúncio da suspensão de concursos públicos federais para 2016, feito em setembro do ano passado pelo governo trouxe incerteza no calendário dos concurseiros. Mas, segundo Nestor Távora, coordenador dos cursos para concursos públicos da LFG ainda não há definição dos termos da medida. “A reforma ainda não foi concretizada, formalizada”, diz. A iniciativa, caso levada a cabo pelo governo, vai afetar 40 mil cargos federais e está relacionada apenas aos concursos que ainda não tinham sido autorizados. Além disso, há exceções que podem acontecer, segundo os especialistas consultados. Uma delas é o concurso da Polícia Federal , com oportunidades para delegado e perito, que pode sair neste ano, segundo Távora. Muito embora seleções estaduais e municipais não entrem na suspensão prevista, o número de vagas em geral será menor em 2016, diz Rodrigo Lelis, professor do Universo do Concurso. “Devemos esperar é uma abertura contida de concursos, com um número não muito alto de vagas e, portanto, sem tantas nomeações, como vinha ocorrendo nos últimos anos”, diz ele. Confira, nas fotos, os concursos públicos que devem ser mais disputados neste ano.
  • 2. INSS

    2 /13(Antonio Cruz/ABr)

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    As 950 oportunidades oferecidas pelo concurso do INSS, que está com inscrições abertas, movimentam o começo de ano dos concurseiros, já que a prova acontece em maio. “Durante o ano de 2015, o INSS teve suas atividades muito atrasadas por conta da falta de pessoas para realizar o trabalho, bem como da greve realizada por seus servidores para protestar a demora da realização do concurso”, diz Rodrigo Lelis, professor do Universo do Concurso. O concurso é nacional com vagas para os estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rondônia, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins, e no Distrito Federal. “É uma prova concorrida”, diz Nestor Távora, coordenador dos cursos para concursos públicos da LFG. Há vagas de nível superior para analista do seguro social e a formação exigida é em serviço social. De nível médio são 800 vagas para técnico do seguro social. As inscrições estão abertas até o dia 22 de fevereiro e os salários vão até 7.496,09 reais.
  • 3. IBGE

    3 /13(Raul Zito/Veja SP)

  • Com salários de até 9,3 mil reais e 600 vagas, o c oncurso do IBGE recebe inscrições até o dia 28 de janeiro e é outro concurso de destaque em 2016. São 90 vagas para cargos de analista de  planejamento, gestão e infraestrutura em informações geográficas e estatísticas e 50 para tecnologista em informações geográficas e estatísticas, funções que exigem curso superior. As vagas são para os estados do Amazonas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Outras 460 oportunidades são para técnico em informações geográficas e estatística, direcionadas para quem tem nível médio, divididas entre diversas cidades do Brasil.
  • 4. Banco do Brasil

    4 /13(Divulgação/Banco do Brasil)

    “A área bancária possui uma expectativa muito grande com a autorização do concurso do Banco do Brasil”, diz Jorge Alonso, coordenador do Curso Preparatório Equipe Rio. A previsão, segundo informações do Damásio Educacional é que o concurso com oportunidades para escriturário ocorra no primeiro semestre. A última seleção feita pelo banco, com provas em outubro, para lotação em estados do Nordeste teve 153.286 inscritos para 860 oportunidades.
  • 5. Ministério Público do Estado de São Paulo

    5 /13(Ministério Público do Estado de São Paulo/Divulgação)

    Não afetados pela suspensão anunciada de concursos, os órgãos estaduais seguem fazendo seleções. “O Poder Judiciário e o Ministério Público realizam todos os anos concursos públicos seja para área meio seja para área fim”, diz Marcus Bittencourt, especialista em concursos. Rodrigo Lelis, professor do Universo do Concurso, cita a seleção para promotor no Rio de Janeiro que está com inscrições abertas até o dia 17 de janeiro. “O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro afirmou ao longo de todo o ano de 2015, que, caso o concurso não fosse realizado o mais breve possível, o órgão poderia parar, pois a carência de pessoal é enorme”, diz. De acordo com informações do Damásio Educacional, no primeiro semestre deste ano há também previsão de concurso para selecionar promotores para os estados de Pernambuco e Roraima.
  • 6. Tribunais Regionais do Trabalho

    6 /13(Reprodução/Google Street View)

    Sete concursos para juiz do trabalho estão previstos em 2016, segundo informações do Damásio Educacional e também devem ter concorrência acirrada. Oportunidades são para São Paulo (2ª Região), Fortaleza (7ª Região), Distrito Federal (10ª Região) Santa Catarina (12ª Região) João Pessoa (13ª Região), Espírito Santo (17ª Região). Para analista e técnico do TRT também há previsão de centenas de vagas em São Paulo, Fortaleza e Campinas (15ª Região), com destaque para esta última que, segundo o Damásio Educacional terá cerca de 900 oportunidades.
  • 7. Tribunais Regionais Federais

    7 /13(ThinkStock/BrianAJackson)

    “Um concurso precioso, por exemplo, que terá provas em 2016 é o concurso para 115 vagas de juiz federal no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (Mato Grosso do Sul e São Paulo) ”, diz Marcus Bittencourt, especialista em concursos. “O Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que engloba as regiões do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, está buscando a autorização para um novo concurso. O último foi em 2011 e, desde então, muitas vacâncias já ocorreram e precisam ser preenchidas”, diz Rodrigo Lelis, professor do Universo do Concurso.
  • 8. Defensorias Públicas

    8 /13(Reprodução)

    Neste primeiro semestre, Amapá, Acre e Espírito Santo têm concursos previstos para defensor público, de acordo com informações do Damásio Educacional. No Amapá, serão 57 vagas e salários de 11 mil reais oferecidos.
  • 9. Tribunais de Justiça

    9 /13(Wikimedia Commons/Reprodução)

    “O ciclo de tribunais no país não para, com no mínimo uma prova por mês em cada estado”, diz Jorge Alonso, coordenador do Curso Preparatório Equipe Rio. Analistas e técnicos serão selecionados por Tribunais de Justiça de seis estados: Alagoas, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Tocantins e Roraima. Em São Paulo, concurso de nível médio para oficial de Justiça em São Paulo, já foi autorizado, com 73 vagas.
  • 10. Polícias Civis

    10 /13(Diogo Moreira/A2D/Fotos Públicas)

    Em 2016, o Brasil recebe as Olimpíadas e a preocupação com a segurança pública é um fator a ser considerado, segundo Jorge Alonso, coordenador do Curso Preparatório Equipe Rio. “A área de segurança pública, por exemplo, requer uma necessidade urgente com a contratação de novos policiais federais, civis e militares para garantir a segurança dos eventos”, diz. Alonso. No primeiro semestre, Sergipe, Amazonas e Piauí vão selecionar delegados, segundo informações sobre concursos previstos repassadas pelo Damásio Educacional. Em São Paulo, concurso para diversos cargos está previsto mas não há definição ainda.
  • 11. Polícia Federal

    11 /13(Wikimedia Commons)

    Responsável pelos concursos mais cobiçados, aguardados e concorridos na área de segurança pública, a Polícia Federal pode ter concurso em 2016, segundo Nestor Távora. “É uma previsão de concurso para delegado e perito”, diz o coordenador dos cursos para concursos públicos da LFG. A seleção federal pode ser realizada em caráter de exceção, mesmo com a suspensão de concursos federais O último concurso que ofereceu oportunidades para os dois cargos teve mais de 80 mil inscritos, sendo 35.800 candidatos para as 100 vagas de perito e 46.633concurseiros para as 150 vagas de delegado que foram abertas, na época.
  • 12. Correios

    12 /13(Wilson Dias/ABr)

    É possível que o concurso para os Correios seja retomado em 2016,,segundo Rodrigo Lelis, do Universo do Concurso, e Nestor Távora, da LFG.  “É uma empresa pública que também vêm sofrendo com a falta de efetivo e, de acordo com sugestões do Ministério do Planejamento, precisou rever o concurso que ocorreria ainda em 2015. Agora a previsão é que o número de vagas ofertadas seja reduzido e um novo certame ocorra”, diz Lelis.
  • 13. Agora veja filmes inspiradores para concurseiros

    13 /13(ARMIE/Photopin)

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