6 truques para ser encontrado por recrutadores no LinkedIn
Seu talento está escondido? Diretor do LinkedIn no Brasil explica como funciona o recrutamento pela rede e dá dicas para você ser achado pelo empregador ideal
Claudia Gasparini
Publicado em 2 de outubro de 2014 às 09h52.
São Paulo - Imagine que você preparou um banquete, encomendou flores e contratou músicos para uma festa - mas nenhum convidado apareceu.
A sensação é parecida com a que experimentam os profissionais que mantêm cuidadosamente um perfil no LinkedIn , mas nunca recebem ofertas de recrutadores pela rede social.
O que está errado? A sua “invisibilidade” pode decorrer de detalhes muito sutis, de acordo com Milton Beck, diretor da área de soluções de talentos do LinkedIn no Brasil.
Para começar, você precisa entender como funciona o processo de recrutamento pelo site.
De acordo com Beck, há cerca de 50 mil empresas atualmente no LinkedIn. Desse total, 700 usam as chamadas soluções corporativas, isto é, contas pagas que oferecem mais funcionalidades para o recrutador.
A principal delas é a busca avançada por candidatos. Você pode imaginar que, diante do oceano de profissionais presentes no LinkedIn - no Brasil, somos 18 milhões -, achar a pessoa certa para uma vaga pode ser difícil.
“Para encontrar quem procura, o headhunter usa filtros bastante específicos em nosso banco de dados”, explica Beck.
Local de residência, grau de escolaridade, cargo ou nível de senioridade, universidade onde estudou, porte do empregador atual, número de anos passados na empresa. São muitas as informações que o recrutador pode usar para identificar quem o interessa.
Por isso, a principal dica de Beck é enriquecer o máximo possível o seu perfil com informações sobre você. Quanto mais completo o "anúncio" sobre você no LinkedIn, melhor. “Preencha o seu perfil com detalhes, palavras-chave, para que você seja incluído na filtragem feita pelo recrutador”, aconselha.
Mas ter uma conta farta em informações não é o suficiente para se fazer encontrar pelo empregador que combina com você. A seguir, veja outros conselhos do diretor de soluções de talentos do LinkedIn para quem tem esse objetivo.
1. Tenha uma boa foto
Ter uma foto no seu perfil aumenta em sete vezes a sua chance de ser clicado no LinkedIn, segundo Beck. A dica é colocar uma imagem que transmita seriedade e profissionalismo. “Sua foto deve mostrar como você estaria em um ambiente de trabalho”, explica.
2. Siga empresas em que você gostaria de trabalhar
No LinkedIn, você pode acompanhar empregadores e conhecer suas novidades. Além de facilitar seu acesso a informações importantes, isso pode mostrar ao recrutador que você presta atenção naquela empresa. “É uma das formas de sinalizar interesse”, diz Beck.
3. Estude o perfil dos profissionais que estão onde você quer trabalhar
Beck recomenda observar com atenção as características do perfil de funcionários do empregador que você deseja conquistar. “É uma forma de saber que competências eles têm e que você precisa adquirir, ou mostrar que já tem”. afirma o diretor.
4. Não se restrinja a informações “frias” sobre você
Suas competências e experiências profissionais são importantes, mas não precisam ser a única face que você mostra na rede. Você se preocupa com os direitos dos animais, por exemplo? Inclua esse fato no campo “Causes I care about”. Isso pode criar mais possibilidades de identificação com o recrutador.
5. Não perca tempo caçando recomendações e “endorsements”
No LinkedIn, é possível escrever um depoimento sobre outro profissional e endossá-lo por suas competências e habilidades. Porém, a dica de Beck é se preocupar com qualidade, e não quantidade. “Uma pessoa com 40 recomendações não vai chamar recrutador nenhum, se elas não forem escritas pelas pessoas certas”, explica o diretor.
6. Busque ativamente relacionamento com os recrutadores
Mesmo um perfil impecável não é o suficiente para se fazer notar. O LinkedIn é uma rede social, diz Beck, e por isso se pauta pelas relações entre pessoas. Ter um bom relacionamento com os recrutadores, aliás, é essencial até para quem não está procurando emprego. “O mais importante é fazer networking, para que as oportunidades acabem chegando de forma orgânica”, diz.