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5 dicas para sua startup conquistar um investidor

São Paulo – “Costumo dizer que a relação entre o investidor e o empreendedor é parecida com um casamento.” A afirmação de Fernando Campos, fundador da investidora...

Reunião (Reprodução)
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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h27.

São Paulo – “Costumo dizer que a relação entre o investidor e o empreendedor é parecida com um casamento.” A afirmação de Fernando Campos, fundador da investidora Lab 22, ajuda a entender a importância de injeção de capital para a vida de uma startup.

Como toda relação duradoura, no entanto, o aporte financeiro de um investidor deve ser encarado como o momento de amadurecimento da jovem empresa, que passa a ter a responsabilidade de se transformar em um negócio lucrativo. E, para isso, construir uma relação de confiança com os investidores é considerado um ponto crucial para o sucesso do empreendimento.

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Após conversar com pessoas ligadas ao mercado brasileiro de startups, INFO selecionou cinco dicas para receber um investimento capaz de transformar sua ideia em um negócio milionário.

1. Crie empatia com o investidor – Após receber o aporte de capital, o empreendedor deve ter consciência que o investidor passará a fazer parte da vida da startup. Por isso, a relação pessoal deve ser levada em conta. “O mais importante é que a química funcione, a empatia tem de ocorrer porque será estabelecida uma relação de muito contato. E, para os dois lados, é necessário que essa empatia funcione desde o início. Já abrimos mão de projetos maravilhosos, mas que não colocamos em frente por conta da afinidade.” afirma o investidor Fernando Campos.

Para Cassio Spina, fundador da Anjos do Brasil, a identificação com o empreendedor é mais importante do que a própria empresa apresentada. “A primeira coisa que você analisa é o empreendedor, construindo uma confiança pessoal, acreditando que aquela oportunidade de negócio será algo completo”, diz.

2. Conheça o mercado em que irá atuar - Os investidores não estão dispostos a injetar dinheiro em uma empresa que não renderá lucros no futuro. Para isso, eles são cautelosos na hora de observar as ideias do empreendedor.  "É necessário demonstrar bom domínio do mercado, verificar se a startup  fez um bom trabalho de pesquisa, de analisar profundamente as questões, sabendo onde irá atuar, além de conhecer os clientes. Se o cara não conhece o mercado, como ele pode ter a confiança para que aquilo que ele irá fazer vai dar certo?", diz Cassio Spina.

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3. Apresente resultados concretos – Há uma afirmação que mais parece um mantra no mercado do empreendedorismo: “A execução é mais importante do que a ideia”. Isso significa que, quanto mais resultados concretos sua startup apresentar, melhor será a recepção perante o investidor. “Demonstrar a execução da empresa é o ponto mais importante: tenho que saber se ela está no PowerPoint ou se ela já está operando. Quanto mais executado estiver seu projeto, melhor”, afirma Fernando Campos.

4.  Apresente vantagens em relação aos concorrentes – Anibal Messa, que há mais de 14 anos investe em jovens empresas, injetou dinheiro em empreendimentos como Buscapé e NetShoes. As apostas de sucesso partiram de uma questão básica: em quanto tempo podemos ser copiados? “Quando o Buscapé foi lançado, ele já era uma plataforma de busca desenvolvida na USP. Perguntei há quanto tempo outras pessoas poderiam copiar essa ideia e o Romero Rodrigues respondeu que, no mínimo, demoraria um ano e meio. E com um time daqueles, quando ocorresse a primeira cópia, estaríamos uns 10 anos na frente”, afirma Messa.

5. Adapte uma ideia à realidade brasileira – As copycats, nome dado a empresas que copiam o modelo de empreendimentos estrangeiros, costumam ser uma boa estratégia para criar um startup. Mesmo assim, as ideias originais e que resolvem problemas brasileiros costumam fazer brilhar os olhos dos investidores.

“Nenhuma copycat é uma cópia idêntica porque todo mercado é diferente. O empreendedor precisa saber que a copycat terá que se adaptar a estrutura do Brasil. E essa adaptação é crucial para que o negócio dê certo”, diz Fernando Campos.

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