15 empreendedoras contam como é comandar o próprio negócio
15 empreendedoras contam como é comandar o próprio negócio
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2014 às 06h39.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h48.
Dominado por décadas pelos homens, o empreendedorismo é cada vez mais feminino. Segundo dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) deste ano, as mulheres comandam 52% dos novos negócios, aqueles com menos de três anos e meio de atividade. Conheça a história e os desafios de mulheres que comandam suas próprias empresas.
Aos 28 anos, Adriana Barbosa é a empreendedora à frente da payleven, empresa de pagamentos móveis. Para ela, espantar o medo do fracasso é essencial para ter sucesso. A rotina de startup é de erros e acertos. Para ser vista pela equipe como a voz que guia a empresa, é importante embarcá-los na estratégia e fazê-los entender que cada uma das ações faz sentido no longo prazo, sugere.
Formada em turismo, Beatriz Rodrigues comanda a Planedia, um planejador social de viagens. É importante montar uma equipe heterogênea, se comunicar com transparência e segurança, e ir construindo relações duradouras, sempre. Dessa forma, você conquista seu espaço com base na eficiência do seu trabalho, ensina.
Com 30 anos, Andrea Araujo Martins Resende comanda a Fitsy, empresa de soluções para e-commerce que garante que as roupas compradas online sirvam perfeitamente nas pessoas. Engenheira de formação, agora Andrea estuda empreendedorismo e inovação. É preciso ser flexível para equilibrar uma startup, a vida pessoal e ainda se cuidar. Acho que o cenário empreendedor brasileiro só tem a ganhar com o aumento da diversidade, conta.
O negócio de Danielle Cunha, da Rent a Local Friend, começou como um blog e evoluiu para uma plataforma de turismo colaborativo, em que os viajantes podem alugar um amigo em diversos destinos para conhecer melhor a cultura local. Ser vista como uma liderança é um de seus desafios. Temos que mostrar que podemos ser líderes, porém para liderar não é preciso mandar e sim inspirar, conta.
Para Deise Gaspar, da Digiminds, é uma questão de tempo até que mais mulheres se aventurem no mercado de startups de tecnologia. Há um número reduzido de mulheres ingressando nas áreas do conhecimento de exatas e ciências de maneira geral, então o primeiro desafio é atrair o interesse feminino para essas carreiras, diz. Lidar com a vida dupla de mãe e empreendedora é também um desafio para estas mulheres. Isso pode reduzir drasticamente a continuidade de um empreendimento, opina.
Formada em moda, Francine Taulois criou um e-commerce de tweeds personalizados no começo deste ano. Uma das principais dificuldades da mulher empreendedora é encontrar uma oportunidade de negócio. Precisamos encontrar o que nos agrade, caso contrário será um negócio de sobrevivência, diz.
A jornalista Greta Paz criou a MPQuatro, empresa de estratégias para o Youtube, no ano passado e diz que aprendeu com as diferenças de pensamento entre homens e mulheres em startups. Os homens, em geral, são mais práticos e menos sensíveis. Tento aprender bastante com eles e sei que eles também aprendem comigo, diz.
Juliana Della Nina é cofundadora e diretora comercial da Bebê Store, loja virtual de itens para crianças e bebês. Formada em arquitetura, ela entrou no negócio em sociedade com o marido. No setor de tecnologia somos uma minoria, em um mercado completamente dominado por homens, não só no Brasil. Mas isso está mudando a cada dia, conta. Para ela, um exemplo é Marisa Mayer, CEO do Yahoo. Estamos conquistando nosso espaço, diz.
Depois de estudar gastronomia na França e nos Estados Unidos, Lia Quinderé fundou a confeitaria Sucré, em 2007. Seu grande desafio é administrar bem o tempo. Ser mãe, esposa, profissional, manter-se saudável e bonita são algumas das tarefas que envolvem o ser mulher. Para quem se dedica a um negócio é preciso alcançar o equilíbrio em relação à gestão do tempo e de pessoas, diz.
Formadas em administração de empresas, as sócias Mariana Penazzo e Barbara Almeida, da Dress&Go, enxergam os desafios do empreendedorismo acima da diferença de gênero. A dificuldade mesmo está nos desafios de empreender, de construir uma equipe forte e sólida, manter a qualidade de atendimento mesmo com a empresa crescendo, contam.
Engenheira de alimentos, Melissa Juliani Garcia encontrou sua vocação na Le Box, que monta kits para quem quer aprender a cozinhar. Ser persistente é sua dica para quem quer empreender. É preciso ser multitarefas e encarar qualquer tipo de atividade, colocar a mão na massa mesmo, diz.
Não se deixar intimidar é a dica de Patricia Sardenberg, da Etiqueta Única, empresa que garante a autenticação de peças de luxo. Acredito que o mais importante é não se deixar intimidar, se manter informada sobre o seu mercado de atuação, ter bons profissionais na equipe, apostar na ideia de inovação e trabalhar muito, diz.
Cofundadora e presidente do Hotel Urbano, Roberta Antunes é formada em publicibidade e se especializou em liderança e inovação para assumir estes papéis. Meu desafio é manter uma equipe de TI que tenha agilidade para entender as alterações do business. No Hotel Urbano, não vemos o TI como uma área de apoio, mas sim como parte da decisão estratégica da empresa, conta.
A arquiteta Tatiana Goldstein criou o e-commerce CasarCasar em 2012 e desde então um dos seus maiores desafios é não perder o foco. O empreendedor tem que estar disposto a trabalhar 24 horas durante sete dias sem descanso. A startup acaba se convertendo em mais um membro da família quando não muitas vezes o principal, diz.
Dona de uma marca de sapatilhas que leva seu nome, Tatiana Loureiro se desdobra para conciliar negócios e família. Todos os dias tenho que me policiar para o trabalho não me engolir. Para manter um equilíbrio, busco ser prática para continuar dando conta de tocar meu negócio e estar em casa todo dia às 16h30, já que sou casada, mãe de gêmeos de 3 anos e estou grávida do terceiro menino, conta.
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