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Podcast A+: Novelas políticas para acompanhar de olho em 2022

Episódio debate as prévias do PSDB, Bolsonaro no PL, aliança Lula e Alckmin e outras tramas em andamento que impactam a corrida presidencial do ano que vem

Podcast A+ debate algumas novelas que têm se arrastado pela cena política brasileira (Bússola/Divulgação)
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Bússola

Publicado em 26 de novembro de 2021 às 08h32.

Última atualização em 19 de julho de 2022 às 16h08.

 

O novo episódio do Podcast A+ debate algumas novelas que têm se arrastado pela cena política brasileira nos últimos dias e vale a pena acompanhar os próximos capítulos de olho em 2022.

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A primeira delas é a escolha do candidato do PSDB para a corrida presidencial do ano que vem. As prévias tucanas no domingo passado foram um fiasco, após o aplicativo usado para a votação ficar fora do ar por mais de dez horas.

As falhas técnicas impediram que boa parte dos mais de 44 mil filiados cadastrados para a consulta registrasse seu voto e a disputa foi suspensa. A direção nacional do partido informou que pretende concluir a votação até o próximo domingo.

O fracasso no processo acentuou o racha entre as lideranças da legenda, agravando as tensões entre o governador gaúcho Eduardo Leite e seus adversários, o governador de São Paulo, João Doria, e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. O episódio, que evidenciou a desorganização e a divisão do PSDB, preocupa potenciais aliados que apostam numa candidatura de terceira via competitiva para 2022.

Outro enredo que ainda não chegou ao fim é a filiação de Jair Bolsonaro a um partido para concorrer à reeleição. Ele está sem legenda desde o final de 2019, quando deixou o PSL. Há duas semanas, o A+ registrou o anúncio feito pelo presidente da sua ida para o PL. Já havia até data para a cerimônia, mas foi adiada. O prazo, segundo Bolsonaro, era para decidir se casava ou terminava o noivado com o partido.

Como diretórios regionais do PL integram a base de adversários do governo, o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, conseguiu dobrar a resistência de lideranças locais e recebeu carta branca para acertar a filiação de Bolsonaro e seu grupo político, sacrificando os acordos regionais com a oposição. A previsão é que, no próximo dia 30, as fichas estejam assinadas. Será que agora é para valer?

Um rumor de namoro que ganhou força recentemente foi entre o ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin, antigos adversários que formariam uma chapa para a eleição do ano que vem. Em viagem à Europa, o petista disse que tem uma extraordinária relação de respeito com Alckmin, mas desconversou sobre a possível aliança. Já o ainda tucano, que está em vias de se filiar a outro partido (PSD ou PSB), declarou-se honrado com a lembrança e afirmou que Lula tem apreço pela democracia; lembrou, no entanto, que já teve o nome especulado para o Senado e o governo paulista.

Quem também já começa a se movimentar para costurar parcerias para 2022 é o ex-juiz Sergio Moro, cuja candidatura ao Planalto se torna a cada dia menos ficção. Filiado ao Podemos e após assumir virtualmente em entrevista a Pedro Bial seu desejo de concorrer à Presidência, ele passou a fazer em Brasília tour típico de campanha. Já se reuniu com os presidentes do PROS e do Patriota, encontrou deputados da chamada “bancada morista” do PSL e visitou o Senado. Além disso, escolheu o ex-presidente do Banco Central, Affonso Celso Pastore, como seu conselheiro no debate macroeconômico.

Esta semana foi marcada ainda pela confirmação da pré-candidatura do senador Rodrigo Pacheco na corrida presidencial do ano que vem. O anúncio foi feito em evento nacional do PSD, que lançou uma carta de compromissos para 2022 – entre eles, ter candidato próprio ao Planalto. Em seu discurso, o presidente do Senado disse que é preciso reconstruir o Brasil e combater os extremismos.

Nessas tramas que se desenrolam e se entrelaçam rumo a 2022, alguns componentes ganham cada vez mais peso: inflação e desemprego em alta e o crescimento econômico em baixa. A edição desta semana do Boletim Focus do Banco central, que reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro, mostra que pioraram as expectativas para a economia brasileira.

Segundo a avaliação dos analistas, a inflação oficial do país, o IPCA, deve chegar a 10,12% este ano. É a primeira vez que a projeção ultrapassa os dois dígitos. Em relação à Selic, a taxa básica de juros, a previsão é que o índice alcance 9,25% ainda em 2021. Quanto ao PIB, a média de crescimento caiu de 4,88% para 4,80%.

E uma pesquisa da agência de classificação de risco Austin Rating, que comparou os dados de desemprego em 44 nações, informou que o Brasil tem a 4ª maior taxa entre as principais economias do mundo. No ranking, o país, cujo número de desempregados atingiu 13,7 milhões no trimestre encerrado em agosto, só fica atrás da Costa Rica, Espanha e Grécia.

Na nova edição do A+, o jornalista Rafael Lisbôa, diretor da Bússola, conversa com o analista político Alon Feuerwerker sobre esses diferentes enredos políticos que estão em andamento e cujos capítulos seguintes vão impactar a próxima temporada no Palácio do Planalto.

Escute abaixo o episódio, e ainda pelo Spotify ou Apple Podcasts. A edição é de Guilherme Baldi.

O Podcast A+ faz parte da plataforma Bússola, uma parceria entre a Revista Exame e o Grupo FSB.

 

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