O que é Employee Experience e como ele proporciona vantagem competitiva para empresas em ascensão
Em artigo, Bruna Lourenço, da SPAR Brasil, discute os desafios e oportunidades que a cultura de valorização da experiência do colaborador pode proporcionar
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Publicado em 19 de novembro de 2024 às 13h00.
*Por Bruna Lourenço
Nos dias atuais, a Experiência do Colaborador (EX) tornou-se um pilar fundamental para o sucesso das empresas que buscam um diferencial competitivo. Ao proporcionar experiências positivas e significativas aos seus funcionários, as organizações adotam uma importante estratégia que tem como principal objetivo valorizar o capital humano, além de contribuir para o aumento do engajamento, retenção de talentos e, consequentemente, aumentar a conexão dos colaboradores com o negócio e entregas de alta performance.
Outro pilar importante dessa estratégia, está relacionada diretamente aos custos. Estudos demonstram que oturnoverpode impactar às empresas, em média, até 200% do salário anual de um colaborador . Em setores com alta rotatividade, como varejo e tecnologia, essa realidade é ainda mais desafiadora. Segundo uma pesquisa da Gallu p, empresas que se dedicam a melhorar a experiência dos profissionais têm um aumento de 50% nas receitas. Isso se deve ao fato de que colaboradores satisfeitos e engajados tendem a ser mais produtivos e a apresentar melhor desempenho.
No entanto, a implementação de uma cultura EX eficaz enfrenta grandes desafios. Por se tratar de uma estratégia que coloca o colaborador como o centro de tudo, ela precisa abranger toda a jornada do profissional dentro da organização, e isso impacta desde a divulgação da vaga até um possível momento de desligamento.
O que é preciso para implementar o EX?
Um dos principais desafios ao implementar uma estratégia de Experiência do Colaborador está relacionado à resistência à mudança. A transformação cultural é um processo complexo e que exige tempo e dedicação principalmente das lideranças.
Nessa etapa é fundamental estabelecer uma comunicação consistente e transparente quanto aos benefícios da mudança e envolver os profissionais nesse processo. Líderes que não demonstram um comportamento coerente com os novos valores adotados pela empresa podem minar os esforços de implementação da EX.
Outro aspecto importante é a necessidade de investimentos
Muitas empresas podem enfrentar dificuldades para alocar os recursos necessários e até mesmo quantificar o retorno sobre o investimento. Embora possa contribuir para métricas como engajamento e satisfação, é necessário estabelecer uma relação direta com os resultados financeiros, o que nem sempre é simples mensurar.
Nessa etapa a coleta e análise de dados se tornam essenciais para avaliar o impacto das iniciativas adotadas. Mas vale destacar que muitas empresas ainda não possuem as ferramentas e os processos adequados para realizar essa tarefa, sendo importante uma análise do setor responsável nesse sentido.
Transformar uma cultura organizacional consolidada é um processo gradual que requer significativa persistência. É fundamental dedicar um esforço contínuo para redefinir os valores e crenças da empresa, reconhecendo a singularidade de cada colaborador e suas necessidades específicas.
Proporcionar experiências personalizadas pode ser um desafio, especialmente em organizações de maior porte.
Difícil, mas os resultados da valorização dos colaboradores são tangíveis
Todo esforço e persistência é recompensado. As empresas que conseguem implementar uma estratégia sólida de Employee Experience observam benefícios diretos. Com colaboradores mais motivados não apenas é possível obter melhores resultados, como também se tornam defensores da marca, atraindo novos talentos de forma orgânica.
Uma marca empregadora forte é um ativo valioso para qualquer organização. Ela representa a percepção que os colaboradores, candidatos e o público em geral têm sobre a empresa como um bom lugar para trabalhar. Ao investir nessa construção, de marca empregadora positiva, as empresas podem colher diversos benefícios, como:
- Atrair um maior número de candidatos qualificados, facilitando o processo e investimento na etapa de recrutamento;
- Atrair profissionais muito mais alinhados com os valores e cultura;
- Colaboradores satisfeitos com a empresa tendem a permanecer por mais tempo na organização, reduzindo os custos com novos recrutamento e investimentos em treinamentos.
A retenção de talentos, que para muitas empresas acaba sendo um dos maiores desafios, se favorece dessa estratégia. Pois ao cuidar da jornada do profissional, as empresas preservam o conhecimento interno, o que pode ser vital em um mercado em constante evolução.
Além disso, colaboradores satisfeitos tendem a trazer inovação e criatividade, características essenciais para a competitividade no cenário atual.
De acordo com a Deloitte , 94% dos executivos acreditam que a cultura organizacional é fundamental para o sucesso de um negócio, mas apenas 12% estão satisfeitos com sua atual cultura.
Por fim, podemos concluir que a adoção da cultura de Employee Experience como uma estratégia de negócios não é apenas uma tendência passageira; é uma necessidade para empresas que desejam prosperar em um mercado cada vez mais competitivo.
Ao valorizar a experiência do colaborador em todas as etapas, as organizações não só melhoram o clima interno, mas também se colocam em uma posição vantajosa frente à concorrência. O retorno sobre o investimento em
Employee Experience se traduz em maior satisfação, retenção de talentos e, por fim, aumento nas receitas. O que parece ser um investimento em pessoas acaba se mostrando uma sólida estratégia de negócios.
*Bruna Lourenço é head de Experiência do Colaborador na SPAR Brasil, uma das duas principais empresas de merchandising de varejo do País.
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