Novo transporte por ferrovias da Brado pode evitar 177 toneladas de CO2 por viagem
Empresa testou nova rota no transporte de plumas de algodão. As emissões evitadas equivalem ao volume anual expelido por 38 veículos
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Publicado em 30 de setembro de 2024 às 13h00.
Especialista em transporte e logística, a Brado acaba de realizar, pela primeira vez no país, uma nova rota para o escoamento da produção de algodão.
A rota feita por ferrovias, pode evitar a emissão de cerca 177 toneladas de CO2 por viagem, o equivalente a emissão anual de 38 veículos.
- Seriam necessárias 1.264 árvores para absorver essa quantidade de carbono.
- A viagem teste da nova rota transportou 40 vagões, que levaram 40 contêineres carregados com pouco mais de mil toneladas de pluma de algodão.
- O algodão das fazendas de Mato Grosso foi transportado pela ferrovia até o porto de Itaguaí (RJ) com destino à exportação.
A operação ocorreu no início de julho e foi desenvolvida pela Brado junto aos seus parceiros. A primeira carga foi exportada em caráter de teste até o terminal do Sepetiba Tecon com destino final em Bangladesh, na Ásia.
“Isso só foi possível com a união e colaboração dos parceiros que acreditaram nessa possibilidade: a MRS, a Maersk, o Sepetiba Tecon e a Cargill, que apostou na solução e cedeu a carga para essa primeira operação teste”, diz Ronney Maniçoba, gerente de Vendas da Brado
“ Descarbonizar a cadeia de suprimentos é fundamental para tornar o produto brasileiro cada vez mais competitivo no mercado internacional. Contar com parceiros comprometidos com o mesmo objetivo nos possibilita atender às demandas de nossos clientes”, diz Ellen Molina, gerente Multimodal da Cargill.
Como foi realizada a operação?
A operação começou nas algodoeiras de Mato Grosso, onde a pluma foi carregada em caminhões, que seguiram por distâncias de até 780 km até o terminal da Brado em Rondonópolis.
Ali foi realizada a transferência da carga do caminhão para o contêiner – chamada de crossdocking. Embarcados no trem da Brado, os contêineres seguem por 1.392 km, pela ferrovia até Sumaré (SP), onde a empresa tem outro terminal multimodal, um hub de integração logística da ferrovia.
Os contêineres foram então transferidos para o trem da MRS e continuaram a viagem, por 568 km, até o terminal do Sepetiba Tecon, no Porto de Itaguaí (RJ), onde a composição ferroviária foi descarregada diretamente dentro da área portuária para embarque dos contêineres em navios da Maersk, com destino a Bangladesh.
“A integração das nossas operações não só melhora a sustentabilidade do transporte , reduzindo significativamente a emissão de CO2, como também abre novas possibilidades para o escoamento de cargas e o desenvolvimento de alternativas logísticas no Brasil”, Diza Marcelo Jesus, gerente de Carga Geral na MRS.
"O nosso terminal foi projetado com desvios ferroviários que somam quase dois quilômetros, garantindo alta produtividade nas operações. Além disso, oferecemos serviços de estufagem de contêineres, armazém alfandegado e operação de navios. Com isso, atendemos aos requisitos operacionais exigidos", conclui Guilherme Vidal, gerente-geral do Sepetiba Tecon.
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