Serão distribuídos 350 kits de higiene pessoal para mulheres, além de máscaras (Cruz Vermelha São Paulo/Divulgação)
Bússola
Publicado em 20 de julho de 2021 às 20h49.
Para ajudar no combate à pobreza menstrual, que tem impedido mulheres de irem ao trabalho e alunas de irem às escolas, a Cruz Vermelha São Paulo (CVSP) está distribuindo, desde janeiro deste ano, absorventes em comunidades carentes e calcinhas para incontinência urinária em lares de idosos. A ação foi decorrente de uma doação da P&G, que forneceu 15 mil caixas com 245 mil absorventes, para serem entregues à população. A próxima ação será no dia 22, das 10h às 13h, no Terminal Metropolitano Jabaquara (plataforma A), localizado à Rua Nelson Fernandes, s/n.
No local, serão distribuídos 350 kits de higiene para mulheres contendo absorventes ou calcinhas para incontinência, além de máscara e sabonete.
Haverá também rodas de conversa com psicóloga e o serviço social sobre pobreza menstrual, aumento da violência doméstica e saúde mental das mulheres durante a pandemia. Estarão presentes também o AdeSampa (Agência Sampa de Desenvolvimento), que dará orientações sobre empreendedorismo social, e a Enel, que abordará a redução na tarifa de energia elétrica. Na última quinta-feira, 15, 400 kits de higiene já foram entregues na Vila Santa Catarina, durante ação itinerante realizada na comunidade do Vietnã.
“Nossa missão é ajudar a população com suas necessidades básicas e buscamos atender algumas das principais carências das comunidades por meio destas iniciativas”, diz Bruno Semino, diretor executivo da Cruz Vermelha São Paulo.
Pobreza Menstrual
No dia 28 de maio, Dia Internacional da Dignidade Menstrual, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançaram um relatório que traça um panorama alarmante da realidade menstrual vivida por meninas brasileiras. De acordo com o estudo, 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas.
Aliado a este quadro, outro relatório — do Movimento Livre para Menstruar — estimou que uma mulher gasta entre R$ 3 mil e R$ 8 mil ao longo de sua vida menstrual com absorventes.
“Os impactos de não poder lidar com a menstruação de forma digna abrangem também aspectos sociais, já que muitas mulheres evitam sair de casa nestes períodos, prejudicando a rotina profissional e escolar”, declara Semino.
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