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Remy Sharp
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Pode não ocorrer a compra da Boa Vista Serviços, segundo maior bureau de crédito do Brasil, antigamente conhecida como SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), pela americana Equifax. Tida como certa no início de fevereiro, a transação deu um “turnaround” nesta segunda-feira, 27 de fevereiro, quando acionistas da Boa Vista enviaram uma carta a seu Conselho de Administração, deixando clara a insatisfação com a proposta da Equifax entregue em dezembro do ano passado.

De acordo com o documento, pouco mais de 40% dos acionistas não aceitam a proposta de R$ 8 por ação da Equifax – ainda há opções de uma combinação de pagamento em dinheiro e BDRs da Equifax, que é listada na Bolsa de Nova York, e uma combinação de ações da Equifax Brasil e BDRs da Equifax ou dinheiro.

Hoje, a ação da Boa Vista está negociada próximo aos R$ 8 ofertados pela Equifax. Em dezembro, momento de oficialização da oferta, estava a R$ 4. Para os acionistas da carta, o negócio precisa ser repensado.

A reviravolta leva em conta que os cerca de 40% de acionistas creem que a Equifax, hoje detentora de cerca de 10% das ações da Boa Vista, não poderá votar a favor da negociação, por ser parte interessada. Assim, a questão ficará para ser decidida no “flipchart” em reunião da Assembleia Geral Extraordinária, ainda a ser agendada.

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que é favorável ao negócio com a Equifax, tem 30% do capital da Boa Vista. Ainda haveria 4% minoritários a favor da negociação, além da própria Equifax, totalizando 44% do capital. Sem Equifax na votação, o percentual a favor cairia a 34%.

Os demais acionistas são TMG, gestora de investimentos com 21,6% da Boa Vista, e a Kar Investment Management, com 7,7%, seguidos por tesouraria, free float e os administradores da empresa.

Em 9 de fevereiro a Boa Vista informou, em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sobre a celebração de acordo de associação com a Equifax do Brasil (EFX Brasil) e sua controladora, Equifax Inc. Porém, o que alegam os acionistas discordantes, é que o negócio só pode ser fechado após aprovação de agências reguladoras no Brasil e nos Estados Unidos e, finalmente, na Assembleia Geral Extraordinária, que promete ser “quente”.

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