2023 é o ano da supersafra (Divulgação via Fotos Públicas/Divulgação)
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Publicado em 12 de junho de 2023 às 16h30.
Última atualização em 12 de junho de 2023 às 17h07.
Por Alex Oshika*
Não há como negar que o desenvolvimento tecnológico trouxe avanços significativos para o agronegócio e impulsionou o papel desse setor na economia brasileira. Com as inovações, foi possível produzir mais, com menos custo e ser mais eficiente. Neste ano, inclusive, a produção de grãos deve chegar na casa dos 302 milhões de toneladas, recorde para o setor, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Por isso, 2023 é considerado o ano da supersafra.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial deve chegar a 9,7 bilhões de pessoas em 2050, o que exigirá uma produção de alimentos muito maior.
Consequentemente, investir em tecnologia no campo será crucial para otimizar o setor e fazer com que atenda a essa demanda. Afinal, as previsões são boas: em 30 anos, o Brasil será responsável por 40% da produção agrícola mundial.
Nesse cenário altamente aquecido, é essencial que os produtores agrícolas tenham uma operação em pleno funcionamento e com tecnologias que ajudem em todo o processo.
Os softwares e aplicativos que atendam às necessidades da produção agrícola são extremamente essenciais. A partir deles, é possível mapear uma área da propriedade, fazer cálculos através de imagens de satélite, controlar máquinas para pulverização, plantação e colheita, além de oferecer um sistema que ajude o produtor a detectar e tratar problemas da plantação, trazer cenários possíveis, principalmente para traçar estratégias diante de possíveis mudanças climáticas e saber as previsões meteorológicas.
Os softwares e aplicativos também podem ser necessários para gerenciar todas as atividades na fazenda e que estejam relacionadas com a venda da safra, como trazer ferramentas que acompanhem as oscilações de preços no mercado.
Diversos setores já perceberam que a coleta de dados é uma ferramenta valiosa. No agro não seria diferente. Quando algumas informações são coletadas em tempo real, os produtores conseguem ter uma visão de seu negócio, entendem melhor quais os custos e investimentos que podem acontecer em um curto espaço de tempo, a gestão operacional que será necessária e os serviços terceirizados que podem ser contratados, além de elaborar novas estratégias.
Portanto, os dados são uma mina valiosa no campo e que não podem ser ignorados. Investir em tecnologias que ajudem a coletar o maior número de informações pode fazer uma grande diferença para os produtores do campo.
Para trabalhar com os dados, a Inteligência Artificial é uma tecnologia que também pode ajudar, já que ela é capaz de analisar um alto volume de informações para criar indicadores e de atualizar informações que são pertinentes para o dia a dia do produtor.
Além disso, a IA pode ser usada para outros fins, como otimizar o uso de recursos como água, fertilizantes e pesticidas. Ou ainda controlar o acesso a diferentes áreas da propriedade e marcação de ponto eletrônico por meio de reconhecimento facial.
Há inúmeras possibilidades em que a IA pode ser uma boa alternativa para melhorar todo o processo de trabalho e aumentar a eficiência.
Por fim, o mercado de agronegócios está em constante transformação e as inovações tecnológicas são grandes aliadas para fechar algumas lacunas. O mercado dispõe de inovações que podem ser adaptadas e customizadas de acordo com a realidade de cada produtor rural, o que faz toda a diferença.
O que mais veremos nos próximos meses são tecnologias adaptadas e customizadas para o mercado agro. Afinal, há um número grande de propriedades que já perceberam as vantagens após implantação de diversas soluções.
*Alex Oshika é Business Unit Director da Iteris
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