Manoel Dias: ele defendeu uma discussão séria e profunda sobre o projeto de lei que regulamenta a terceirização do trabalho (Valter Campanato/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 18 de maio de 2015 às 14h42.
São Paulo - O ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou que o Brasil convive, atualmente, com um discurso muito negativista. Mas, na avaliação de Dias, o País vive mais uma crise política do que uma crise econômica.
O ministro afirma que é importante lembrar que o Brasil evoluiu muito e bem nos últimos 12 anos. Argumentou que o salário mínimo é o mais alto da história, que o índice de desemprego chegou ao menor patamar já visto no Brasil e que, proporcionalmente, o País teve a maior inclusão social do mundo através do trabalho nesse período.
Dias também afirmou que o Ministério do Trabalho e Emprego continuará com os investimentos, que voltarão a ser anunciados a partir de junho. Nesse contexto, citou reuniões que teve com empregadores de diferentes setores, inclusive o automotivo.
Dias falou para uma plateia de pouco mais de 220 empresários e executivos em almoço promovido em São Paulo pela empresa Lide Grupo de Líderes Empresariais.
Ele defendeu uma discussão séria e profunda sobre o projeto de lei que regulamenta a terceirização do trabalho, agora em tramitação no Senado Federal.
Dias argumentou que há uma série de conceitos que ainda seguem indefinidos. Referiu-se, especialmente, à polêmica sobre a definição de atividade fim e de atividade meio.
"Eu mesmo não sei perfeitamente o que é atividade fim e o que é atividade meio", afirmou. A possibilidade de terceirizar qualquer atividade é combatida por sindicalistas, políticos e outras organizações.
Sobre a mudança no seguro-desemprego proposta pela presidente Dilma Rousseff em medida provisória e parcialmente aprovada no Congresso, Dias argumentou que o maior prazo para o trabalhador ter acesso ao seguro é benéfico para o empregado e para o empregador.
"Vai ser uma forma de fidelizar mais o trabalhador. Antes, quando ele estava aprendendo a operar uma máquina, ele saía", afirmou o ministro.