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Vale diz que 107 famílias de vítimas já receberam auxílio de R$ 100 mil

Valor de R$ 10,7 milhões não entrará em indenizações que forem impostas judicialmente para a mineradora

Brumadinho: Famílias de funcionários da Vale e de membros da comunidade podem receber o valor (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 5 de fevereiro de 2019 às 17h57.

São Paulo - A mineradora Vale informou nesta terça-feira que já realizou até o momento doações no valor total de 10,7 milhões de reais, ou 100 mil reais a cada representante de 107 vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho (MG), recursos que devem ajudar a minorar os problemas dos atingidos no curto prazo.

A empresa disse que já registrou, entre 31 de janeiro e 4 de fevereiro, 248 representantes de 229 falecidos e desaparecidos pelo rompimento da barragem, para o processo de pagamento de doação.

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Em nota, a companhia ainda ressaltou que a doação não é relacionada a qualquer potencial indenização devida, "que será discutida em detalhe com as famílias e representantes do poder público".

O diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da empresa, Luciano Siani, havia anunciado a doação na semana passada.

A Vale ainda não estipulou prazo para encerramento dos registros das vítimas elegíveis a receber a doação.

Estão aptos a receber representantes de empregados da Vale, de trabalhadores terceirizados e de pessoas da comunidade falecidos ou desaparecidos, conforme lista oficial validada pela Defesa Civil.

Contenção da lama

Em outro comunicado, a Vale informou que entrou em operação nesta terça-feira a terceira membrana de contenção instalada no rio Paraopeba, que visa proteger o sistema de captação de água de Pará de Minas, município localizado a 40 km de Brumadinho, onde uma barragem se rompeu ao final de janeiro, lançando rejeitos de mineração no manancial.

O objetivo das barragens é garantir o abastecimento de água da região. Em 46 pontos ao longo do rio Paraopeba até a foz do rio São Francisco, a Vale continua também fazendo o monitoramento da água e de sedimentos, acrescentou.

O rejeito que vazou da barragem está concentrado nos córregos Feijão e Carvão e na sua confluência com o Paraopeba, disse a empresa.

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