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Vai ter greve hoje? Sindicatos do Metrô e CPTM de SP confirmam paralisação nesta terça

Os três sindicatos exigem que a gestão Tarcísio de Freitas interrompa os processos de privatizações imediatamente

Metrô e CPTM: Os metroviários convocaram que a categoria não assuma o plano de contingência para funcionamento durante os horários de pico (Fernando Frazão/Agência Brasil)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 2 de outubro de 2023 às 10h12.

Última atualização em 20 de outubro de 2023 às 18h22.

Os sindicatos dos funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) confirmaram nesta segunda-feira, 2, a greve de 24 horas marcada para esta terça-feira, 3, contra os projetos de privatização em discussão pelo governo Tarcísio de Freitas.

"O dia 3/10 unifica a luta contra o leilão da Linha 7 da CPTM, a tramitação da privatização da SABESP na ALESP e as terceirizações no Metrô. E se não retirar os editais dos pregões que visam terceirizar serviços realizados por metroviários, debateremos na assembleia do dia 3/10 a forma de darmos continuidade na nossa luta contra a destruição do Metrô público", afirma o sindicado dos metroviários em nota.

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A Secretaria de Comunicação de São Paulo divulgou um boletim às 6h30 sobre a greve: No momento, a CPTM e o Metrô operam da seguinte forma:

Metrô

CPTM – em operação parcial desde às 5h

Integrações abertas: Linha 7-Rubi na Estação Barra Funda com a Linha 8-Diamante / Linha 11-Coral e 7-Rubi na Estação Luz com a Linha 4-Amarela. As transferências com a Linha 3-Vermelha, na Barra Funda, e com a Linha 1 Azul, na Luz, continuam fechadas.

A Justiça do Trabalho em São Paulo determinou que os trabalhadores daCompanhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM)devem operar com 100% do efetivo em horários de pico e 80% nos demais períodos. A decisão da juíza Raquel Gabbai de Oliveira, que atua no âmbito da Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), define que os horários de pico são os compreendidos entre 4h e 10h e entre 16h e 21h.A juíza proibiu a liberação de catracas.Em caso de descumprimento da determinação, “cada um dos sindicatos que representam os trabalhadores sofrerão multa diária de R$ 500 mil”.

Os metroviários convocaram que a categoria não assuma o plano de contingência para funcionamento durante os horários de pico. "OPlano de Contingência visa impedir a greve e por sua vez enfiar “goela a baixo” a privatização, que piora o serviço público à população e gera desemprego".

Pressão contra privatizações

Desde junho, os metroviários e ferroviários realizam publicações para pressionar a gestão Tarcísio a rever o plano de concessões de linhas do Metrô. Em janeiro, logo após a posse, Tarcísio afirmou que tinha planos para privatização das linhas do Metrô. Os estudos de viabilidade da concessão das linhas 1, 2 e 3 para a iniciativa privada devem ser anunciados nos próximos meses. Em abril, o governador autorizou estudos de concessão das linhas 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, da CPTM, além da futura linha 14-Ônix. A administração estadual já assinou um contrato com a IFC (Corporação Financeira Internacional) do Banco Mundial para fazer a modelagem das concessões.

O Sindicato dos Trabalhadores da USP aprovou uma paralisação das atividades no dia 3 em apoio à greve do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

Quais linhas do Metrô e da CPTM não vão funcionar no dia da greve?

As linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata não estão funcionando. Na CPTM, as linhas 7-rubi, 10-turquesa, 11-coral, 12-safira e 13-jade operam de forma parcial ou estão fechadas. Uma liminar determinou que os funcionários trabalhem em horário de pico.

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