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UTC negocia indenização de R$ 400 milhões com governo

A Controladoria-Geral da União pretende cobrar da UTC e demais construtoras o pagamento de, no máximo, 10% do valor dos contratos em que houve suborno

UTC Engenharia: a CGU pretende cobrar da UTC e demais construtoras o pagamento de, no máximo, 10% do valor dos contratos em que houve suborno (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2016 às 12h59.

São Paulo - O governo federal discute com a UTC Engenharia o pagamento de cerca de R$ 400 milhões num acordo de leniência em fase avançada de negociação.

O valor seria uma compensação por prejuízos causados à Petrobras no esquema de cartel e corrupção descoberto na Operação Lava Jato. Um dos delatores, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, é apontado como coordenador do "clube" de empreiteiras que pagava propina e fatiava obras da estatal.

A Controladoria-Geral da União pretende cobrar da UTC e demais construtoras o pagamento de, no máximo, 10% do valor dos contratos em que houve suborno.

Conforme autoridade que participa das tratativas, o cálculo corresponde ao lucro das empresas nas obras - que, nas contas do governo, varia de 3% a um décimo do valor pactuado com a Petrobras.

Esses porcentuais são bem menores que os apurados por outros órgãos de controle. O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou que contratos do "clube", por causa da cartelização, custaram 17% mais à Petrobras. Em toda a estatal, as perdas chegariam a R$ 29 bilhões.

Procurada, a UTC não quis comentar.

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A Controladoria-Geral da União pretende cobrar da UTC e demais construtoras o pagamento de, no máximo, 10% do valor dos contratos em que houve suborno.

Conforme autoridade que participa das tratativas, o cálculo corresponde ao lucro das empresas nas obras - que, nas contas do governo, varia de 3% a um décimo do valor pactuado com a Petrobras.

Esses porcentuais são bem menores que os apurados por outros órgãos de controle. O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou que contratos do "clube", por causa da cartelização, custaram 17% mais à Petrobras. Em toda a estatal, as perdas chegariam a R$ 29 bilhões.

Procurada, a UTC não quis comentar.

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