Um raio-X do mundo gay em 5 dados reveladores
Veja como os gays brasileiros se casam, que religião preferem e a que tipo de violência ainda estão sujeitos.
Mariana Desidério
Publicado em 7 de junho de 2015 às 07h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h41.
São Paulo – Acontece hoje a 19ª Parada do Orgulho Gay em São Paulo . Conhecida como o maior evento do tipo no mundo, a manifestação deve tomar a avenida Paulista com seus carros de som e bandeiras coloridas. O evento atrai homossexuais de várias partes do país e do mundo. Clique nas fotos para conhecer melhor o universo dos gays no Brasil.
O Brasil teve 3.701 casamentos entre pessoas do mesmo sexo registrados em 2013, segundo o IBGE. Dentre os estados, São Paulo foi o que teve mais uniões – foram 1.945. Já o estado com menos registros foi o Acre, que teve apenas um casamento. A união civil homoafetiva foi liberada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2011. Porém, os cartórios do país ainda poderiam se recusar a realizar o casamento ou converter uniões civis em casamento. Isso mudou com uma decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em maio de 2013.
A mesma pesquisa do IBGE mostrou que 52% das uniões entre pessoas do mesmo sexo eram de mulheres. A idade média das noivas foi de 35,2 e 37,2 anos. Já os homens que se casaram naquele ano tinham entre 37,4 e 39,8 anos. Dentre todas as pessoas que se casaram com um companheiro do mesmo sexo naquele ano, 6% já haviam se casado antes ao menos uma vez.
Dados do Censo 2010, também realizado pelo IBGE, mostram que a maioria dos casais homossexuais se declaram católicos –47,5% deles seguem esta religião. Há, porém, uma parcela significativa que disseram não ter religião (20,4%). Os dados mostram ainda que 25,8% dessas pessoas declaram possuir ensino superior completo.
Segundo dados do Grupo Gay da Bahia, foram registradas 326 mortes de gays em 2014, sendo que 9 delas foram suicídio. Isso significa um assassinato a cada 27 horas, segundo o relatório. Ainda segundo o estudo, nada menos que 28% dessas pessoas tinham menos de 18 anos quando foram assassinadas. Os dados ainda mostram que 163 das vítimas eram gays, 134 travestis, 14 lésbicas, 3 bissexuais e 7 amantes de travestis.
A Parada Gay de São Paulo não é a mesma dos anos anteriores, mas ainda reúne muita gente. Em 2006, a Polícia Militar estimou que o evento reuniu 2,5 milhões de pessoas na avenida Paulista. O número foi parar no Guiness Book e o evento foi considerado a maior parada gay do mundo. No ano passado, o número foi bem menor: 100 mil pessoas, segundo a PM.
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