Exame Logo

Tudo o que você precisa saber sobre a campanha de vacinação no Brasil

Reunimos questões como o cadastro para se vacinar, se a vacina será gratuita e quais serão os locais de vacinação

(Rodrigo Paiva/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de janeiro de 2021 às 16h42.

Quantas doses da vacina cada estado irá receber?

A vacinação nacional contra a covid-19 começará nesta segunda-feira, 18, a partir das 17h, de acordo com o Ministério da Saúde. A distribuição das doses da Coronavac para cada estado foi iniciada na manhã desta segunda. Após o recebimento, caberá aos governos estaduais a definição sobre agendamento da vacinação dos grupos prioritários, formados por profissionais de saúde da linha de frente no combate ao coronavírus, idosos que vivem em asilos e indígenas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ) liberou neste domingo, 17, o uso emergencial de 8 milhões de doses das vacinas Coronavac (6 milhões) e Oxford/Astrazeneca (2 milhões). As doses da vacina de Oxford, que serão importadas da Índia, ainda não têm previsão de chegada ao país.

Veja também

Logo após a aprovação da Anvisa, o Estado de São Paulo iniciou a imunização de profissionais da saúde. Nesta segunda-feira, a campanha de vacinação começou oficialmente no complexo do Hospital das Clínicas, voltada exclusivamente para os profissionais da linha de frente. Indígenas e quilombolas devem ser vacinados a partir do dia 25 de janeiro no Estado. Já os idosos acima de 75 anos devem receber a primeira dose da vacina no dia 8 de fevereiro. A definição do cronograma fica a cargo de cada um dos Estados.

Quando começa a vacinação no Brasil?

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, autorizou o início do Plano Nacional de Imunização nesta segunda-feira, 18, a partir das 17 horas. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), já fez evento para começar a aplicação de doses em profissionais de saúde na capital paulista neste domingo, 17, e a campanha segue nesta segunda, com a vacinação desse grupo no Hospital das Clínicas da capital e em outras cidades do interior.

Quais serão os grupos prioritários?

Conforme o Ministério da Saúde, os primeiros a receber as vacinas são os profissionais de saúde da linha de frente do combate à covid-19, idosos que vivem em asilos e indígenas. Essas pessoas vão receber a imunização nos locais onde vivem/trabalham, sob a coordenação de cada município. O governo estadual de São Paulo já iniciou a vacinação com profissionais de saúde e deve começar a imunizar os outros grupos prioritários nos próximos dias: indígenas e quilombolas a partir do dia 25 de janeiro e idosos acima de 75 anos no dia 8 de fevereiro.

É necessário fazer cadastro para se vacinar?

Cada Estado definirá a necessidade ou não de cadastro. Em São Paulo, é possível fazer um pré-cadastro no vacinaja.sp.gov.br, que não é um agendamento, mas ajudará os profissionais a organizar o esquema de vacinação e evitar aglomerações. Quem não fizer o pré-cadastro também poderá ser vacinado.

Quais serão os locais de vacinação?

Cada estado definirá os postos de vacinação. O Governo de São Paulo divulgou neste domingo a operação que começa oficialmente nesta segunda-feira com a imunização de trabalhadores de saúde de seis hospitais de referência: HCs da Capital e de Ribeirão Preto (USP), HC da Campinas (Unicamp), HC de Botucatu (Unesp), HC de Marília (Famema) e Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme). Ou seja, ainda não é hora de se dirigir a postos de vacinação em busca de vacinação ou até mesmo de informações complementares.

Quais vacinas serão aplicadas no Brasil?

A Anvisa liberou no domingo o uso emergencial de 6 milhões de doses da Coronavac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, e de 2 milhões de doses da vacina da Universidade de Oxford, desenvolvida pela AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz. Não há, porém, doses do imunizante britânico no Brasil ainda - o governo federal tenta importar dois milhões de doses do produto da Índia.

A vacina será gratuita?

Sim. Inicialmente, a vacina será aplicada apenas pelo Sistema Único de Saúde, de forma gratuita a toda população.

A taxa geral de eficácia da Coronavac se revelou de 50,38%. O que isso significa?

Significa que, de cada cem pessoas vacinadas que tiverem contato com o vírus, 50,38% não vão manifestar a doença graças à imunidade conferida pela vacina. Para quem acabou ficando doente a vacina reduziu em 78% a chance de ter uma doença leve que precise de assistência médica.

A vacina de Oxford tem melhor eficácia?

As duas vacinas têm eficácia suficiente para ajudar no combate à pandemia. Nos testes, a vacina de Oxford foi administrada de duas formas diferentes: na primeira delas, os voluntários receberam metade de uma dose e, um mês depois, uma dose completa. Nesse grupo de voluntários, a eficácia foi de 90%. Já no segundo grupo, que recebeu duas doses completas da vacina, a eficácia foi reduzida a 62%. Esses dois resultados permitiram obter eficácia média de 70%.

Quanto tempo após tomar a vacina a pessoa pode se considerar imunizada?

A imunidade depende de cada vacina. Um imunizante geralmente demora de duas a três semanas para fazer efeito. As duas vacinas (Coronavac e Oxford/AstraZeneca) precisam de duas doses para atingir a eficácia total. No caso da Coronavac, as vacinas devem ser aplicadas com intervalo de 28 dias. Já a vacina de Oxford pode ter espaço de 21 dias a 3 meses entre as aplicações.

Quem está com febre pode tomar a vacina? E quem está tomando antibiótico?

As pessoas com febre devem aguardar para receber a vacina. Quem está tomando antibiótico deve conversar com o seu médico antes.

Por que a vacinação é importante?

Quanto maior o número de pessoas vacinadas, mais rápido terminará a pandemia. Isso porque diminuirá a circulação do vírus e maior parte da população fica protegida.

À medida que a imunização ocorra as medidas de isolamento podem ser relaxadas?

Os próprios técnicos da Anvisa que realizaram reunião pública e aprovaram o uso emergencial de ambas as vacinas - a Coronavac e a produzida por Oxford - ressaltaram que o País ainda está longe de vislumbrar um cenário em que as medidas de restrição impostas com base na ciência deixem de ser necessárias. Por isso, ainda é fundamental manter o isolamento sempre que possível e usar máscara e álcool em gel.

Acompanhe tudo sobre:AnvisaCoronavírusFiocruzGoverno BolsonaroInstituto ButantanJair BolsonaroJoão Doria JúniorMinistério da SaúdePandemiaSaúde no BrasilSinovac/Coronavacvacina contra coronavírusVacinas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame