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Trem da zona leste ao aeroporto de Guarulhos começa a circular amanhã (31)

Linha estava prometida para funcionar na Copa do Mundo do Brasil, em 2014

Saguão do aeroporto de Guarulhos: trem vai ligar aeroporto ao sistema de transportes de São Paulo (André Lessa/Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de março de 2018 às 09h38.

São Paulo - Prometida para a Copa do Mundo de 2014, a linha de trem que liga a zona leste de São Paulo ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos , será inaugurada amanhã (sábado), após quatro atrasos no cronograma inicial. Ao longo do mês de abril, os trens da Linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos ( CPTM ) circularão das 10 às 15 horas, aos sábados e domingos, gratuitamente. Segundo o governo estadual, o trajeto será feito em 15 minutos.

A previsão é de que a linha, que passa ao lado do Parque Ecológico do Tietê, transportará em média 120 mil passageiros por dia. Os trens circularão por cima da Via Dutra e do Rio Tietê. A obra custou R$ 2,3 bilhões, incluindo a compra dos oito trens com oito carros cada.

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Com 12,2 quilômetros de extensão, a Linha 13-Jade fará conexão com a Linha 12-Safira (Brás-Calmon Viana) na Estação Engenheiro Goulart, na zona leste da capital. Duas novas estações também serão entregues amanhã: Guarulhos-Cecap e Aeroporto-Guarulhos.

A nova linha ligará a zona leste ao Terminal 1 do aeroporto - o menor deles. Lá ocorrem embarque e desembarque dos passageiros de voos das companhias aéreas Azul e Passaredo.

Da estação Aeroporto-Guarulhos, com entrada e saída no estacionamento do Terminal 1, os passageiros que precisam utilizar os terminais 2 (voos domésticos da Latam, Gol e Avianca, entre outras) e 3 (Air France, American Airlines, Emirates, voos internacionais da Latam, Iberia e Qatar, entre outras) deverão pegar o ônibus gratuito fornecido pela concessionária GRU-Airport. O veículo fará um trajeto circular, passando pelos terminais 1, 2 e 3. O serviço começará amanhã e seguirá os horários dos trens - haverá ampliação conforme o horário dos trens for estendido.

No mês de abril, durante a operação assistida, os trens circularão com intervalo de aproximadamente 30 minutos. Da Estação Engenheiro Goulart até a Aeroporto-Guarulhos, o passageiro levará 15 minutos, segundo cálculos do governo. Já em maio, o funcionamento continuará ocorrendo entre 10 e 15 horas, porém a operação será ampliada para todos os dias da semana. No período de horário reduzido não será cobrada tarifa.

A tarifa, de R$ 4, passará a ser cobrada no mês de junho, quando o horário será estendido e os trens passarão a funcionar entre 4 horas e meia-noite, já no esquema regular.

Também entrará em vigor o serviço Connect. Durante o horário de pico, passageiros que moram próximos ao centro da capital paulista poderão pegar um trem na Estação Brás com destino à Estação Aeroporto-Guarulhos sem a necessidade de baldeação na Engenheiro-Goulart. O trajeto Brás-Aeroporto é estimado em 35 minutos, com o trem parando nas estações para embarque e desembarque.

Em julho, está prevista a inauguração de outro serviço, o Airport-Express, que ligará a região central da capital paulista a Guarulhos. O serviço fará o trajeto da Estação da Luz - onde um novo acesso e uma plataforma antes sem uso estão em obras - até o aeroporto. Na Estação da Luz é possível fazer integração para as Linhas 1-Azul e 4-Amarela do Metrô, além das Linhas 7-Rubi e 11-Coral da CPTM, e para ônibus. O trajeto deverá ser feito em 35 minutos, e os trens terão quatro horários definidos ao longo do dia em cada um dos sentidos (ida e volta para o aeroporto). A tarifa será diferenciada, mas o valor ainda não foi definido pelo governo.

Atrasos e custos

As obras tiveram início em dezembro de 2013, já com atraso de nove meses, e o prazo de execução era de um ano e meio. Em março de 2016, a CPTM previu a conclusão da Linha 13-Jade para janeiro deste ano. Na ocasião, dois anos atrás, o governo estadual anunciou o terceiro atraso para a entrega da obra e a linha encareceu R$ 101 milhões. A gestão Alckmin argumenta que o trecho que passa sobre a Rodovia Ayrton Senna precisou ser alargado depois que a estrada ganhou uma quinta faixa de rolamento para melhorar o fluxo de veículos, dois meses antes do início da obra, em setembro de 2013.

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