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Taxistas de SP fazem ato contra Uber com apoio de Rio

Os motoristas fecharam as duas pistas do Viaduto Jacareí, em frente à Câmara Municipal, onde pode ocorrer a votação da proposta ainda nesta quarta

Uber: por causa da manifestação, há congestionamentos em toda a região, especialmente no trecho entre as Praças da República e da Sé (Rovena Rosa/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2016 às 17h27.

São Paulo - Milhares de taxistas de São Paulo e de outras capitais brasileiras, como Rio e Curitiba, lotam as ruas do centro da capital na tarde desta quarta-feira, dia 27, para protestar contra o projeto de lei que regulariza o uso de aplicativos para transporte individual de passageiros, como a Über .

Os motoristas fecharam as duas pistas do Viaduto Jacareí, em frente à Câmara Municipal, onde pode ocorrer a votação da proposta ainda nesta quarta.

Por causa da manifestação, há congestionamentos em toda a região, especialmente no trecho entre as Praças da República e da Sé.

Desenvolvida pelo vereador José Police Neto (PSD), em parceria com a gestão Fernando Haddad (PT) - que apoia a regularização -, a proposta prevê que empresas como a Uber e a Will Go sejam obrigadas a comprar créditos da Prefeitura para poder rodar pela cidade.

Segundo o Município, o modelo proporcionará um melhor controle do viário urbano, já que o valor dos créditos vai variar de acordo com o horário e o percurso da viagem, além da quantidade de passageiros no carro.

Se a corrida for feita em horário de pico e no centro expandido, por exemplo, o preço ficará mais caro. Já se for na periferia, sairá mais em conta.

Para os taxistas, a aprovação do projeto representará o fim da categoria, já que as tarifas praticadas pelas empresas de aplicativos são até 60% mais baratas.

"Não dá para competir desse jeito. Viemos aqui para mostrar nosso descontentamento com essa tentativa de regularizar o Uber e acabar com os nossos empregos. A categoria está unida. Nossa participação aqui hoje é prova disso", disse o taxista Ramon Nunes, de 35 anos, do Rio.

Segundo Nunes, cerca de 150 taxistas cariocas estão na cidade para apoiar os motoristas de São Paulo. De Curitiba vieram outros 120.

"Temos de demonstrar nosso repúdio contra esse aplicativo, que quer tirar nosso emprego no Brasil", afirmou Eduardo Alves, representante da União dos Taxistas de Curitiba (UTC).

Guarucoop

O maior apoio, por enquanto, veio de Guarulhos. Pelos cálculos da Guarucoop, cooperativa de taxistas que atende o aeroporto de Cumbica, 450 motoristas ajudam os paulistanos a lotar as ruas do centro nesta tarde.

O diretor Valter Capelli disse que a Uber está tirando cerca de 10% dos clientes da cooperativa.

"Tem muita gente indo de Uber para o aeroporto, mas voltando de táxi, pela facilidade que oferecemos, além da qualidade do nosso serviço", disse Capelli.

Segundo a Guarucoop, a Prefeitura não pode regularizar os aplicativos agora depois de vender a ideia do táxi preto e arrecadar R$ 300 milhões com a venda de alvarás. "Isso é golpe."

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Os motoristas fecharam as duas pistas do Viaduto Jacareí, em frente à Câmara Municipal, onde pode ocorrer a votação da proposta ainda nesta quarta.

Por causa da manifestação, há congestionamentos em toda a região, especialmente no trecho entre as Praças da República e da Sé.

Desenvolvida pelo vereador José Police Neto (PSD), em parceria com a gestão Fernando Haddad (PT) - que apoia a regularização -, a proposta prevê que empresas como a Uber e a Will Go sejam obrigadas a comprar créditos da Prefeitura para poder rodar pela cidade.

Segundo o Município, o modelo proporcionará um melhor controle do viário urbano, já que o valor dos créditos vai variar de acordo com o horário e o percurso da viagem, além da quantidade de passageiros no carro.

Se a corrida for feita em horário de pico e no centro expandido, por exemplo, o preço ficará mais caro. Já se for na periferia, sairá mais em conta.

Para os taxistas, a aprovação do projeto representará o fim da categoria, já que as tarifas praticadas pelas empresas de aplicativos são até 60% mais baratas.

"Não dá para competir desse jeito. Viemos aqui para mostrar nosso descontentamento com essa tentativa de regularizar o Uber e acabar com os nossos empregos. A categoria está unida. Nossa participação aqui hoje é prova disso", disse o taxista Ramon Nunes, de 35 anos, do Rio.

Segundo Nunes, cerca de 150 taxistas cariocas estão na cidade para apoiar os motoristas de São Paulo. De Curitiba vieram outros 120.

"Temos de demonstrar nosso repúdio contra esse aplicativo, que quer tirar nosso emprego no Brasil", afirmou Eduardo Alves, representante da União dos Taxistas de Curitiba (UTC).

Guarucoop

O maior apoio, por enquanto, veio de Guarulhos. Pelos cálculos da Guarucoop, cooperativa de taxistas que atende o aeroporto de Cumbica, 450 motoristas ajudam os paulistanos a lotar as ruas do centro nesta tarde.

O diretor Valter Capelli disse que a Uber está tirando cerca de 10% dos clientes da cooperativa.

"Tem muita gente indo de Uber para o aeroporto, mas voltando de táxi, pela facilidade que oferecemos, além da qualidade do nosso serviço", disse Capelli.

Segundo a Guarucoop, a Prefeitura não pode regularizar os aplicativos agora depois de vender a ideia do táxi preto e arrecadar R$ 300 milhões com a venda de alvarás. "Isso é golpe."

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