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Suposto operador do PMDB se entrega à PF em Curitiba

Fernando Antonio Falcão Soares é apontado como lobista e operador do PMDB no esquema de propinas e corrupção na Petrobras


	Petrobras: Fernando Baiano é apontado como lobista do PMDB no esquema de corrupção na estatal
 (Sergio Moraes/Reuters)

Petrobras: Fernando Baiano é apontado como lobista do PMDB no esquema de corrupção na estatal (Sergio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 17h58.

São Paulo - O empresário Fernando Antonio Falcão Soares, o Fenando Baiano, alvo da Operação Lava Jato, se entregou na tarde desta terça-feira à Polícia Federal no Paraná, informou seu advogado, o criminalista Mário de Oliveira Filho.

Apontado como lobista e operador do PMDB no esquema de propinas e corrupção na Petrobras, Fernando Baiano estava foragido desde sexta feira, 14, quando a PF o procurou em sua residência, no Rio de Janeiro.

A prisão de Fernando Baiano foi decretada pelo juiz Sérgio Moro no âmbito da Operação Juízo Final, sétima fase da Lava Jato. Inicialmente, a estratégia da defesa era tentar revogar a ordem de prisão por meio de pedido de habeas corpus.

Oliveira Filho chegou a apresentar o pedido ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4). O criminalista e Fernando Baiano conversaram hoje e decidiram que o melhor caminho, agora, é a apresentação à PF.

De acordo com nota publicada pelo TRF4, que negou o pedido de habeas corpus do lobista, a defesa pedia a suspensão da prisão temporária alegando que Fernando Baiano havia se colocado à disposição das autoridades, que as provas obtidas em delação premiada ainda precisam ser contestadas e que já foram coletadas as provas necessárias, sendo injustificada a detenção.

O desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator do caso Lava Jato no tribunal, considerou não haver ilegalidade na decisão que determinou a prisão de Fernando Soares.

Segundo o magistrado, há "fundadas razões de autoria e participação do indiciado no esquema criminoso".

Em sua decisão, Gebran Neto afirmou que "os depoimentos de Paulo Roberto Costa e de Alberto Youssef são convergentes em apontar o paciente como um dos operadores do esquema criminoso de cartelização e distribuição de propina no seio da maior estatal brasileira."

Além disso, o desembargador citou as provas contidas em documentos apreendidos, nos quais estariam discriminados valores superiores a R$ 2 milhões a serem recebidos ou pagos por Baiano. A defesa do lobista fez mais dois pedidos de liberdade, ambos foram indeferidos.

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