STF: Rosa Weber vê "grave suspeita" em negociação para compra da Covaxin
A manifestação de Rosa Weber foi divulgada em uma decisão que manteve pedido de quebra de sigilo de um advogado da Precisa Medicamentos
Reuters
Publicado em 28 de junho de 2021 às 17h19.
Última atualização em 28 de junho de 2021 às 17h31.
A ministra Rosa Weber , do Supremo Tribunal Federal ( STF ), disse haver "grave suspeita" de indícios de favorecimento e obtenção de vantagens indevidas nas negociações para a compra da vacina indiana Covaxin contra a covid-19, alvo da CPI da Covid .
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A manifestação de Rosa Weber foi divulgada em uma decisão que manteve pedido de quebra de sigilo de um advogado da Precisa Medicamentos, empresa que representa no país a fabricante da Covaxin, a Bharat Biotech.
"Na hipótese concreta, a questão adquire contornos ainda mais inquietantes, porquanto em pauta negociações pouco transparentes quanto à vacina ainda não respaldada por estudos científicos consistentes, em detrimento de imunizante de eficácia já comprovada e com custo substancialmente inferior, a projetar a grave suspeita investigada pela CPI de favorecimento e/ou de obtenção de vantagens indevidas na implementação da política pública de combate à pandemia da covid-19", disse a ministra do STF, no despacho.
A negociação para a compra de 20 milhões de doses do imunizante, no valor de 1,6 bilhão de reais, levou para o centro da CPI da Covid o presidente Jair Bolsonaro.
O deputado Luís Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda afirmaram, em depoimento à CPI na sexta-feira passada, terem alertado o presidente sobre suspeitas na contratação da Covaxin.
Bolsonaro e a Precisa Medicamentos negam irregularidades.
Após os depoimentos dos irmãos Miranda, a cúpula da CPI avalia propor ao Supremo Tribunal Federal uma notícia-crime por prevaricação contra Bolsonaro.
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