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SP dará R$ 700 mi em bônus para servidores da Educação

A bonificação é calculada de acordo com a evolução do Idesp, índice de desenvolvimento da educação da rede

Professor dando aula: equiparação salarial com as demais carreiras de nível superior é uma das principais reivindicações dos professores (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de março de 2014 às 16h09.

São Paulo - O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta sexta-feira, 28, que vai pagar na próxima segunda-feira, dia 31, R$ 700 milhões de bônus a 255 mil servidores da Educação de 4.030 escolas estaduais.

A bonificação é calculada de acordo com a evolução do Idesp, índice de desenvolvimento da educação da rede. A partir deste ano, o perfil socioeconômico das escolas também é levado em conta para o pagamento.

O anúncio do pagamento ocorre no mesmo dia em que o principal sindicato da categoria, a Apeoesp, marcou manifestação em frente à Secretaria de Estado da Educação.

A equiparação salarial com as demais carreiras de nível superior é uma das principais reivindicações dos professores.

Como o jornal O Estado de S.Paulo revelou na quinta-feira, dia 27, a qualidade da educação medida pelo Idesp caiu no médio, estagnou no fundamental 2 (6º ao 9º ano) e teve avanço nas escolas do ciclo 1 (1º ao 5º ano).

Apesar de o porcentual de escolas que atingiram as metas, e merecem o bônus, ter caído (81% em 2013 contra 85,1% em 2012),o número de servidores que receberão o bônus cresceu 24%. O valor total também avançou, com salto de 18% em relação ao volume pago no ano passado.

O bônus foi adotado pelo governo de São Paulo a partir de 2009, no governo José Serra (PSDB). A política é criticada por especialistas, que afirmam não haver pesquisas que mostrem que ela melhora a educação.

Todos os funcionários (incluindo diretores, professores, educadores e equipe de limpeza) das escolas que atingiram ou superaram as metas estabelecidas pelo Idesp podem ganhar até 2,9 salários a mais. Do total de contemplados, 206 mil são professores, dos quais 47 mil ganharão mais de R$ 5 mil (16 mil deles recebendo mais de R$ 8 mil).

Se superada a meta, o limite de bônus é de 2,9 salários. Se não atingida a meta, é calculado o avanço da escola (se avançou, por exemplo, 50% da meta, o bônus é de 1,2 salário). As faltas dos profissionais também são consideradas no cálculo do bônus.

O novo índice de nível socioeconômico é usado no cálculo junto com o Idesp (que leva em conta os resultados em avaliações de português e matemática, além de taxas de aprovação e abandono escolar). O jornal também revelou a adoção do novo critério. Segundo a secretaria, o índice, que varia de 0 a 10, leva em consideração a situação socioeconômica dos estudantes, como renda mensal familiar, casa própria, entre outros.

A secretaria ainda não divulgou oficialmente os dados do Idesp e os resultados do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp). De acordo com informações recebidas da secretária, aumentou a proporção de alunos que sabem menos do que o básico nos anos finais do fundamental e no médio.

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São Paulo - O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta sexta-feira, 28, que vai pagar na próxima segunda-feira, dia 31, R$ 700 milhões de bônus a 255 mil servidores da Educação de 4.030 escolas estaduais.

A bonificação é calculada de acordo com a evolução do Idesp, índice de desenvolvimento da educação da rede. A partir deste ano, o perfil socioeconômico das escolas também é levado em conta para o pagamento.

O anúncio do pagamento ocorre no mesmo dia em que o principal sindicato da categoria, a Apeoesp, marcou manifestação em frente à Secretaria de Estado da Educação.

A equiparação salarial com as demais carreiras de nível superior é uma das principais reivindicações dos professores.

Como o jornal O Estado de S.Paulo revelou na quinta-feira, dia 27, a qualidade da educação medida pelo Idesp caiu no médio, estagnou no fundamental 2 (6º ao 9º ano) e teve avanço nas escolas do ciclo 1 (1º ao 5º ano).

Apesar de o porcentual de escolas que atingiram as metas, e merecem o bônus, ter caído (81% em 2013 contra 85,1% em 2012),o número de servidores que receberão o bônus cresceu 24%. O valor total também avançou, com salto de 18% em relação ao volume pago no ano passado.

O bônus foi adotado pelo governo de São Paulo a partir de 2009, no governo José Serra (PSDB). A política é criticada por especialistas, que afirmam não haver pesquisas que mostrem que ela melhora a educação.

Todos os funcionários (incluindo diretores, professores, educadores e equipe de limpeza) das escolas que atingiram ou superaram as metas estabelecidas pelo Idesp podem ganhar até 2,9 salários a mais. Do total de contemplados, 206 mil são professores, dos quais 47 mil ganharão mais de R$ 5 mil (16 mil deles recebendo mais de R$ 8 mil).

Se superada a meta, o limite de bônus é de 2,9 salários. Se não atingida a meta, é calculado o avanço da escola (se avançou, por exemplo, 50% da meta, o bônus é de 1,2 salário). As faltas dos profissionais também são consideradas no cálculo do bônus.

O novo índice de nível socioeconômico é usado no cálculo junto com o Idesp (que leva em conta os resultados em avaliações de português e matemática, além de taxas de aprovação e abandono escolar). O jornal também revelou a adoção do novo critério. Segundo a secretaria, o índice, que varia de 0 a 10, leva em consideração a situação socioeconômica dos estudantes, como renda mensal familiar, casa própria, entre outros.

A secretaria ainda não divulgou oficialmente os dados do Idesp e os resultados do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp). De acordo com informações recebidas da secretária, aumentou a proporção de alunos que sabem menos do que o básico nos anos finais do fundamental e no médio.

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