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Soninha diz que sua demissão não foi "de comum acordo"

A vereadora disse que não concorda com a sua demissão, mas Doria "é o chefe" e não precisa de sua concordância para tomar essa decisão

Soninha Francine: segundo a vereadora, que reassume o mandato nos próximos dias, o prefeito cobrava "resultados visíveis" em prazos que não eram possíveis de serem cumpridos (Divulgação/Facebook)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de abril de 2017 às 22h02.

Última atualização em 19 de abril de 2017 às 22h06.

Em uma publicação no Facebook , a ex-secretária de Desenvolvimento e Assistência Social Soninha Francine (PPS) disse nesta quarta-feira, 19, que sua demissão não foi "de comum acordo", como teria sugerido o prefeito de São Paulo João Doria (PSDB).

"O que não foi de 'comum acordo' foi minha demissão, oras. O prefeito desaprovou meu trabalho porque entende que eu não apresentei resultados (obras, etc) com a rapidez esperada. Eu não concordo, mas ele é o chefe e não precisa da minha concordância para me mandar embora", disse Soninha.

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Procurada sobre a publicação de Soninha, a Prefeitura não havia se manifestado até as 18h10.

A demissão de Soninha foi anunciada em um vídeo publicado na segunda-feira, 17, nas redes sociais do prefeito. Doria diz, no vídeo, que a decisão foi tomada conjuntamente.

"Hoje (segunda) tivemos uma boa conversa, uma conversa produtiva, altiva, elevada e de muito sentimento. E chegamos a uma conclusão. Ambos. A Sonia volta para o poder Legislativo, ou seja, volta para a Câmara e fará parte do conselho de gestão da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social."

A ex-secretária também comentou nas redes sociais nesta quarta sobre a gravação do vídeo em que Doria anuncia a sua saída.

"Eu resisti, mas aceitei gravar um vídeo ao lado do prefeito para que anunciássemos juntos a minha saída. Não me recusei; portanto, para efeitos práticos, concordei. Não fui obrigada a gravar", disse ela.

Na terça-feira, dia seguinte após deixar o comando da pasta, Soninha Francine fez uma discurso na Câmara, no qual afirmou que a experiência de ser secretária foi "incomparável".

Segundo a vereadora, que reassume o mandato nos próximos dias, o prefeito cobrava "resultados visíveis" em prazos que não eram possíveis de serem cumpridos .

"É muito difícil se dedicar ao mesmo tempo ao que é estruturante e ao dia a dia. Frequentemente, para você trabalhar com os alicerces, que demoram mais e são menos visíveis, aquilo que seria visível fica para mais tarde e eu escolhi trabalhar com os alicerces, com aquilo que é capaz de sustentar por mais tempo as ações, e que virão", afirmou.

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