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SIP condena assassinato de dois jornalistas

"Pedimos uma investigação profunda para conhecer os motivos, encontrar os assassinos e levá-los à Justiça", afirmou o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP

Jornalista: a SIP realizará entre os dias 8 e 11 de março deste ano uma reunião em Puebla (México), na qual vai analisar a situação da liberdade de imprensa na América. (Marc Piasecki/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 14h45.

Miami - A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) repudiou nesta terça-feira o assassinato de dois jornalistas, o brasileiro Mafaldo Bezerra Góes e o peruano Luis Choy, e pediu investigações rápidas para levar os autores dos crimes à Justiça.

"Pedimos uma investigação profunda para conhecer os motivos, encontrar os assassinos e levá-los à Justiça", afirmou o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, Claudio Paolillo, que expressou suas condolências e solidariedade aos colegas e parentes dos jornalistas assassinados.

Na última sexta-feira, Mafaldo Bezerra Góes, de 61 anos e diretor de um programa na "Rádio Jaguaribe FM", foi assassinado no município de Jaguaribe, no estado do Ceará.

Bezerra caminhava pela manhã em direção à estação de rádio quando dois sujeitos em uma motocicleta dispararam cinco tiros contra o jornalista, o atingindo na cabeça e no peito, o que causou sua morte.

Segundo a imprensa local e investigações preliminares da polícia, o jornalista tinha recebido ameaças de morte anteriormente. Seu assassinato pode estar relacionado com a informação que divulgava em seu programa, no qual denunciava atos de corrupção.

Já no Peru, o repórter fotográfico Luis Choy do "El Comercio de Lima" foi assassinado. O jornal informou o fotógrafo, de 34 anos, saía de sua casa no último sábado quando percebeu que um homem o aguardava na rua.


Após descer de seu veículo e trocar algumas palavras com o desconhecido, recebeu dois tiros do mesmo, um na cabeça e outro no peito. A polícia peruana descartou o latrocínio como motivo do crime.

Paolillo, diretor da publicação uruguaia "Búsqueda", destacou em comunicado à SIP que lhe preocupa a falta de garantias e segurança de muitos comunicadores durante a cobertura jornalística.

"Este é um tema que queremos continuar abordando até chegar a um consenso sobre quais são as medidas adequadas para garantir a integridade física dos jornalistas. Nem nós, nem os governos, podemos permanecer inalterados quando os jornalistas continuam morrendo como moscas na América Latina", disse Paolillo.

A SIP realizará entre os dias 8 e 11 de março deste ano uma reunião em Puebla (México), na qual vai analisar a situação da liberdade de imprensa na América, a expansão do fenômeno da violência contra a imprensa e as responsabilidades que devem ser compartilhadas entre o Estado, os jornalistas e os meios de comunicação para acabar com este problema. EFE

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Miami - A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) repudiou nesta terça-feira o assassinato de dois jornalistas, o brasileiro Mafaldo Bezerra Góes e o peruano Luis Choy, e pediu investigações rápidas para levar os autores dos crimes à Justiça.

"Pedimos uma investigação profunda para conhecer os motivos, encontrar os assassinos e levá-los à Justiça", afirmou o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, Claudio Paolillo, que expressou suas condolências e solidariedade aos colegas e parentes dos jornalistas assassinados.

Na última sexta-feira, Mafaldo Bezerra Góes, de 61 anos e diretor de um programa na "Rádio Jaguaribe FM", foi assassinado no município de Jaguaribe, no estado do Ceará.

Bezerra caminhava pela manhã em direção à estação de rádio quando dois sujeitos em uma motocicleta dispararam cinco tiros contra o jornalista, o atingindo na cabeça e no peito, o que causou sua morte.

Segundo a imprensa local e investigações preliminares da polícia, o jornalista tinha recebido ameaças de morte anteriormente. Seu assassinato pode estar relacionado com a informação que divulgava em seu programa, no qual denunciava atos de corrupção.

Já no Peru, o repórter fotográfico Luis Choy do "El Comercio de Lima" foi assassinado. O jornal informou o fotógrafo, de 34 anos, saía de sua casa no último sábado quando percebeu que um homem o aguardava na rua.


Após descer de seu veículo e trocar algumas palavras com o desconhecido, recebeu dois tiros do mesmo, um na cabeça e outro no peito. A polícia peruana descartou o latrocínio como motivo do crime.

Paolillo, diretor da publicação uruguaia "Búsqueda", destacou em comunicado à SIP que lhe preocupa a falta de garantias e segurança de muitos comunicadores durante a cobertura jornalística.

"Este é um tema que queremos continuar abordando até chegar a um consenso sobre quais são as medidas adequadas para garantir a integridade física dos jornalistas. Nem nós, nem os governos, podemos permanecer inalterados quando os jornalistas continuam morrendo como moscas na América Latina", disse Paolillo.

A SIP realizará entre os dias 8 e 11 de março deste ano uma reunião em Puebla (México), na qual vai analisar a situação da liberdade de imprensa na América, a expansão do fenômeno da violência contra a imprensa e as responsabilidades que devem ser compartilhadas entre o Estado, os jornalistas e os meios de comunicação para acabar com este problema. EFE

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