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Sinal amarelo está aceso para o endividamento das famílias brasileiras

Presidente da Boa Vista Serviços pede atenção especial às classes C, D e E

Dorival Dourado: Projeto do Cadastro Positivo ainda precisa ser amadurecido no Brasil (Divulgação/Boa Vista Serviços)

Dorival Dourado: Projeto do Cadastro Positivo ainda precisa ser amadurecido no Brasil (Divulgação/Boa Vista Serviços)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2011 às 16h29.

São Paulo – O endividamento das famílias brasileiras, em especial das classes C, D e E, tem crescido bastante nos últimos anos e merece uma atenção especial.

A avaliação é do presidente da Boa Vista Serviços, Dorival Dourado, que participou da edição desta segunda-feira (4) do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME. A Boa Vista Serviços foi criada em novembro do ano passado para concorrer com empresas como Serasa Experian e Equifax na área de informações de crédito, tendo como principal produto o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).

“Eu acho que a gente tem uma luz amarela aparecendo agora no painel. Nós estamos ainda na inércia da inserção das classes C, D e E no mercado de consumo, que foi dada, nos últimos anos, pela a facilidade de acesso ao crédito. Esse cenário não é tão perfeito assim para o futuro. Por muitas razões, o Brasil tem que reduzir um pouco o ritmo de crescimento para manter os diversos agentes em equilíbrio”, diz Dourado.

O executivo pede um pouco de atenção principalmente para os consumidores emergentes. “Com relação ao nível de endividamento das famílias brasileiras, a gente tem notado um crescimento nos últimos anos. Em alguns casos, elas merecem um pouco de atenção, principalmente para as classes C, D e E. Nós estamos entrando num momento de atenção e de uma melhor monitoração.”

O Cadastro Positivo, diz o presidente da Boa Vista Serviços, seria um importante instrumento para gerenciar o mercado de crédito. “A discussão do cadastro positivo é extremamente importante para o país, pois vai sustentar o nosso crescimento futuro em termos de acesso a consumo e alavancagem da economia de uma maneira consistente. (...) A nossa preocupação no momento é com relação ao desenvolvimento do modelo brasileiro. É necessário um aprendizado coletivo antes de implantar o sistema. Todos ao atores desse mercado, incluindo os consumidores, precisam trabalhar na mesma agenda. Nos preocupa um pouco a abordagem de algumas empresas de crédito que acham que isso já está resolvido. É preciso amadurecer esse processo e esclarecer a população.”

Na entrevista (para ouvi-la na íntegra, clique na imagem ao lado), Dorival Dourado faz projeções para o mercado de crédito neste ano e avalia os dois primeiros meses do governo Dilma.

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