Brasil

Senado adia mais uma vez votação de projeto das fake news

Governo entrou em campo para barrar a votação, temendo que publicações favoráveis ao presidente Bolsonaro se tornem alvos das plataformas na internet

Aplicativo WhatsApp: STF deve julgar na quarta duas ações que questionam se a Justiça pode bloquear o funcionamento do aplicativo de conversas por WhatsApp (Reprodução/Getty Images)

Aplicativo WhatsApp: STF deve julgar na quarta duas ações que questionam se a Justiça pode bloquear o funcionamento do aplicativo de conversas por WhatsApp (Reprodução/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de junho de 2020 às 16h19.

Última atualização em 8 de junho de 2020 às 16h32.

O Senado resolveu adiar mais uma vez a votação do projeto para combater as fake news nas redes sociais. O governo entrou em campo para barrar a votação da proposta, temendo que publicações favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro se tornem alvos das plataformas na internet. O argumento é que a regulamentação pode resultar em censura.

A decisão foi antecipada pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mais cedo, e confirmada por outros líderes da Casa.

Havia uma expectativa de que o projeto fosse votado até a quarta-feira, 10. Em reunião nesta segunda, porém, não houve acordo em torno do tema.

Alguns senadores querem esperar um julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) para só depois analisar o projeto de lei apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SP).

O Supremo deve julgar na quarta-feira duas ações que questionam se a Justiça pode bloquear o funcionamento do aplicativo de conversas por WhatsApp.

"Novos elementos podem contribuir uma vez que temos até agora cinco versões do projeto", comentou o líder do Podemos na Casa, Alvaro Dias (PR).

Na semana passada, a votação havia sido adiada após uma versão do parecer do senador Angelo Coronel (PSD-BA) provocar polêmica entre senadores e entidades de proteção aos usuários na internet.

O parlamentar prometeu apresentar um novo relatório. O texto definitivo ainda não foi divulgado.

Acompanhe tudo sobre:CongressoFake newsSenado

Mais de Brasil

Unimos uma frente ampla contra uma ameaça maior, diz Nunes ao oficializar candidatura em SP

Após ser preterido por Bolsonaro, Salles se filia ao partido Novo de olho em 2026

Governo Lula é aprovado por 35% e reprovado por 33%, aponta pesquisa Datafolha

Vendavais podem atingir grande parte do Nordeste e Sul; veja previsão

Mais na Exame