Jair Bolsonaro: ao falar sobre o decreto de armas, presidente voltou a dizer que está apenas atendendo a vontade popular (Paulo Whitaker/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de maio de 2019 às 12h17.
São Paulo — Ao defender o decreto de porte de armas assinado na última semana, o presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que está apenas atendendo a vontade popular e respeitando o direito legítimo de defesa pessoal do cidadão.
"Eu, por exemplo, como homem, tenho que defender a minha mulher. Sei que se um homem entrar na minha casa, é para barbarizar, então é para meter chumbo mesmo", defendeu ele, durante participação no programa Domingo Esportivo, da Rádio Bandeirantes. "Se alguém entrar na sua casa, tem que descarregar nele", aconselhou.
Bolsonaro ainda voltou a argumentar que, em referendo em 2005, a maioria da população disse que era a favor do comércio de armas, mas que não foi atendida pelo governo.
No decreto assinado na última terça-feira, dia 7, o governo facilitou o porte de armas de fogo para caçadores, atiradores esportivos, colecionadores e praças das Forças Armadas, mas também para caminhoneiros, políticos, advogados, residentes de área rural, profissionais da imprensa que atuem na cobertura policial, conselheiro tutelar e profissionais do sistema socioeducativo.
A medida também autorizou, entre outras coisas, que crianças e adolescentes pratiquem tiro esportivo sem aval da Justiça. A partir de agora, basta autorização de um dos responsáveis legais do menor.