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Se meta for zero, corremos alto risco, diz Kátia Abreu

A ministra da Agricultura firmou apoio ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, contra a redução da meta de superávit fiscal de 2016


	Kátia Abreu: "se (a meta fiscal) for zero, corremos risco alto de rebaixamento"
 (Agência Senado)

Kátia Abreu: "se (a meta fiscal) for zero, corremos risco alto de rebaixamento" (Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 22h49.

Brasília - A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, firmou apoio ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, contra a redução da meta de superávit fiscal de 2016.

"Se (a meta fiscal) for zero, corremos risco alto de rebaixamento", disse a ministra ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, antes de saber que o governo havia optado por alterar a meta.

Nesta terça-feira, 15, o relator da Comissão Mista de Orçamento (CMO), Ricardo Barros (PP-PR), anunciou que "lamentavelmente" o governo já decidiu reduzir a meta fiscal para o ano que vem.

O anúncio oficial ainda não foi feito pelo Planalto, mas a presidente deve enviar proposta criando uma banda de superávit primário que varia de 0% a um teto de 0,5% do PIB. Pela manhã, Levy classificou como "incoveniente" e um "equívoco" a mudança da meta, antes fixada em 0,7% do PIB.

Kátia Abreu tem a mesma opinião. "Existe um raciocínio errado de algumas pessoas no Congresso de que é melhor colocar zero e depois aumentar para 0,5%, 0,7%. Mas não é assim que as coisas funcionam. Se for zero, corremos risco alto de rebaixamento. Não estou dizendo que vá acontecer, mas é melhor dizer o contrário: com 0,7% temos mais chance de manter nossa posição", declarou.

Para ela, insistir num superávit, mesmo que pequeno, é um sinal importante dado às agências de classificação de risco. "A gente fica com boa impressão e credibilidade", afirmou.

Temer

Kátia Abreu, que integra o quadro do PMDB no ministério de Dilma Rousseff, disse a que a reunião da executiva do partido, marcada para a quarta-feira, 16, será rápida e não tratará de agendamento de convenção nem de um eventual rompimento com o governo.

"O Michel (Temer) garantiu que a pauta não tem nada a ver com rompimento ou com convocação de executiva sobre convenção. Vai tratar sobre filiação partidária de deputado estadual", disse a ministra.

Ela ressaltou que os sete ministérios comandados por peemedebistas no governo foram resultado da articulação do próprio vice-presidente.

"Essa recomposição do partido, que aconteceu há menos de três meses, foi feita por ele (Temer). Eu não acredito que o vice, que articulou esses espaços, possa querer o rompimento. Tenho convicção que Michel não trabalha pelo rompimento", afirmou.

Para ela, a executiva desta quarta será uma reunião normal.

Questionada sobre qual seria a sua posição em caso de declaração de rompimento do PMDB com o governo, a ministra respondeu: "Não trabalho sob hipótese. O PMDB não vai declarar rompimento."

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