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Samarco deve pedir novo prazo para plano de recuperação

Prazo inicial termina nesta quarta-feira (17); em reuniões técnicas, empresa tem alegado precisar de mais cinco dias para aprofundar relatório

Vista aérea da lama de barragens da Samarco que invadiram o Rio Doce e chegam até a costa do Espírito Santo: Ibama considerou relatório da Samarco "genérico demais" (Ricardo Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2016 às 21h07.

Brasília - Notificada a apresentar até esta quarta-feira, 17, um novo plano de recuperação ambiental para as áreas afetadas pela lama, a Samarco deve pedir ao Ibama para prorrogar o prazo.

O jornal O Estado de S.Paulo apurou que a mineradora tem alegado, em reuniões técnicas, a necessidade de mais cinco dias para aprofundar o relatório, rejeitado em 28 de janeiro pelo órgão ambiental, que o considerou "genérico".

A mineradora, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não vai comentar o assunto. Já o Ibama disse que "eventuais pedidos de adiamento de prazo serão analisados".

O plano inicial apresentado pela Samarco fez um "diagnóstico extremamente superficial dos danos", conforme nota técnica do Ibama.

O órgão critica, por exemplo, o fato de a mineradora não citar quais espécies de fauna e flora foram afetadas, quais estão em risco de extinção e quantas têm distribuição restrita aos locais atingidos pela lama.

"Em relação aos impactos sobre os organismos aquáticos, verifica-se a tendência a subestimar o problema, inclusive se omitindo completamente em relação ao volume e à diversidade de peixes encontrados mortos ao longo da bacia do Rio Doce", informa a nota.

Para o Ibama, as ações têm pouco embasamento metodológico e científico e, além disso, a empresa não estimou prazos para cumpri-las, o que impossibilitaria o acompanhamento das metas.

No dia em que o plano foi rejeitado, a Samarco afirmou que os pontos de aprimoramento sugeridos seriam incorporados ao documento. A mineradora, cujas sócias são a Vale e a BHP Billiton, é a responsável pela barragem de Fundão, que rompeu em 5 de novembro, causando um "tsunami" de lama que devastou distritos de Mariana (MG) e provocou sérios danos ambientais no Rio Doce.

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O jornal O Estado de S.Paulo apurou que a mineradora tem alegado, em reuniões técnicas, a necessidade de mais cinco dias para aprofundar o relatório, rejeitado em 28 de janeiro pelo órgão ambiental, que o considerou "genérico".

A mineradora, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não vai comentar o assunto. Já o Ibama disse que "eventuais pedidos de adiamento de prazo serão analisados".

O plano inicial apresentado pela Samarco fez um "diagnóstico extremamente superficial dos danos", conforme nota técnica do Ibama.

O órgão critica, por exemplo, o fato de a mineradora não citar quais espécies de fauna e flora foram afetadas, quais estão em risco de extinção e quantas têm distribuição restrita aos locais atingidos pela lama.

"Em relação aos impactos sobre os organismos aquáticos, verifica-se a tendência a subestimar o problema, inclusive se omitindo completamente em relação ao volume e à diversidade de peixes encontrados mortos ao longo da bacia do Rio Doce", informa a nota.

Para o Ibama, as ações têm pouco embasamento metodológico e científico e, além disso, a empresa não estimou prazos para cumpri-las, o que impossibilitaria o acompanhamento das metas.

No dia em que o plano foi rejeitado, a Samarco afirmou que os pontos de aprimoramento sugeridos seriam incorporados ao documento. A mineradora, cujas sócias são a Vale e a BHP Billiton, é a responsável pela barragem de Fundão, que rompeu em 5 de novembro, causando um "tsunami" de lama que devastou distritos de Mariana (MG) e provocou sérios danos ambientais no Rio Doce.

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