Brasil

Samarco atrasa plano de emergência e MP pede R$ 5 mi de multa

Sanção vale para cada dia de atraso; Ministério Público exige um planejamento de ação caso haja rompimento das barragens remanescentes em Bento Rodrigues

Destruição provocada pelo rompimento de barragens da Samarco em Mariana, MG: Vale tem 50 por cento da Samarco, em parceria com a BHP Billiton (Ricardo Moraes/Reuters)

Destruição provocada pelo rompimento de barragens da Samarco em Mariana, MG: Vale tem 50 por cento da Samarco, em parceria com a BHP Billiton (Ricardo Moraes/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2016 às 15h11.

Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 16h13.

São Paulo – O Ministério Público de Minas Gerais pediu hoje à Justiça mineira o aumento da multa diária à Samarco em caso de novos atrasos na entrega de um plano de emergência em caso de rompimento das barragens remanescentes em Bento Rodrigues, a de Germano e Santarém, além de estruturas adjacentes. O valor passa de R$ 1 milhão para R$ 5 milhões por dia de espera.

Ficou definido pela Justiça do estado que a empresa deve apresentar uma projeção atualizada dos possíveis cenários em caso de outro acidente com as barragens, chamado estudo "Dam Break", com previsão de consequências e medidas emergenciais a serem tomadas em diversos cenário, dos mais graves aos mais brandos.

A liminar pedindo o estudo data de 27 de novembro, mas a Samarco conseguiu uma prorrogação para o dia 9 de janeiro. No dia 12 deste mês, a empresa entregou um “relatório preliminar do Dam Break”, sem cumprir a exigência de antecipar as medidas emergenciais.

Segundo o Ministério Público, o documento traz cinco possíveis cenários de ruptura, a mancha de inundação, o tempo de chegada e a altura da onda de lama prevista em cada tipo de acidente possível, considerando a estrutura das barragens que estão de pé. Faltam, no entando, as formas de minimizar impactos em cada cenário.

“Cada dia de atraso no cumprimento da decisão liminar pode representar o risco de perda de vidas ou do agravamento de danos ambientais irreversíveis. Não é possível que, em caso de nova ruptura, as ações sejam lentas, insuficientes e descoordenadas como aconteceu quando do rompimento da barragem do Fundão”, afirmam os promotores de Justiça em nota do MPMG.

A Samarco ainda não se pronunciou sobre o caso.

Ontem, a Polícia Federal indiciou a empresa, a sua controladora, a Vale, a VogBr e sete executivos por crime ambiental em Mariana. O diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, além do responsável pelo monitoramento de represas da mineradora e gerentes da área estão entre os indiciados.

Acompanhe tudo sobre:DesabamentosDesastres naturaisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasMariana (MG)Minas GeraisMineraçãoSamarcoSiderúrgicasVale

Mais de Brasil

Gramado suspende desfile de "Natal Luz" após acidente aéreo

Lula se solidariza com familiares de vítimas de acidente aéreo

Quem foi Luiz Galeazzi, empresário morto em queda de avião em Gramado

Em SP, 65.000 seguem sem luz e previsão é de chuva para a tarde deste domingo