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Rompimento com o governo marca 50 anos do PMDB

Nenhum senador ou figuras históricas do PMDB, como o ex-presidente José Sarney, compareceram, assim como o presidente da legenda, Michel Temer

PMDB: nenhum senador ou figuras históricas do PMDB, como o ex-presidente José Sarney, compareceram, assim como o presidente da legenda, Michel Temer (Igo Estrela/ PMDB Nacional/Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2016 às 12h37.

Brasília - Ainda em clima de ressaca pela decisão do Diretório Nacional do PMDB que, ontem (29), por aclamação, deixou a base aliada do governo da presidenta Dilma Rousseff , poucos parlamentares da legenda participaram hoje (30) da sessão solene marcada para comemorar os 50 anos do partido.

A cerimônia foi na Câmara dos Deputados . Nenhum senador ou figuras históricas do PMDB, como o ex-senador Pedro Simon e ex-presidente José Sarney, compareceram, assim como o presidente da legenda, Michel Temer, vice-presidente da República.

O dever de falar sobre a importância do rompimento no momento de aniversário da legenda ficou com o advogado e ex-deputado Eliseu Padilha, vice-presidente do PMDB e ex-ministro da Aviação Civil no governo Dilma. Padilha disse que a decisão reflete o que “há décadas” a maioria dos correligionários desejava.

“De cada 10 peemedebistas, 11 queriam e querem a candidatura própria, projeto próprio correspondente ao tamanho do nosso partido. Ontem, dissemos que estamos independentes e vamos cuidar com muito zelo das eleições municipais, pavimentando a estrada para chegar em alta velocidade a 2018”, disse.

Eliseu Padilha lembrou que foi um dos fundadores do MDB que deu origem ao PMDB e afirmou que, pela história política, o partido não pode abrir mão do “protagonismo”.

“Fizemos o que nossa consciência política nos determinou. Não podemos abrir mão do protagonismo nacional, não podemos abrir mão que temos ideias e soluções para os graves problemas que o país vive hoje”, completou.

O ex-ministro de Dilma disse, ainda, que a legenda sempre foi fator de estabilização. “Não será agora que vai contribuir para desestabilização”, concluiu.

Diversidade

Na mesa de abertura da solenidade desta quarta-feira, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), não citou diretamente a decisão de ontem, mas, num discurso indireto, definiu o atual momento como uma “tempestade”, afirmando que o PMDB “se mostra, como sempre se mostrou, um porto seguro”, apesar de ser composto por diversidade de correntes e ideias internamente.

Cunha lembrou o papel do partido na instalação do processo democrático brasileiro e que todos os atuais partidos políticos tiveram origem no PMDB.

Ao apresentar a contabilidade da legenda, o peemedebista lembrou que hoje ela tem a maior bancada na Câmara, com 69 deputados, além de sete governadores, quatro vice-governadores, 18 senadores e o vice-presidente da República.

Cunha ainda destacou o programa “Uma ponte para o futuro”, lançado pelo PMDB em outubro do ano passado e disse que esta agenda apresenta soluções para o momento de “turbulências dos últimos tempos”.

“Neste momento crucial, o PMDB - que sempre soube se pautar pela defesa do interesse público - não faltou e não vai faltar com a população”, finalizou.

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Brasília - Ainda em clima de ressaca pela decisão do Diretório Nacional do PMDB que, ontem (29), por aclamação, deixou a base aliada do governo da presidenta Dilma Rousseff , poucos parlamentares da legenda participaram hoje (30) da sessão solene marcada para comemorar os 50 anos do partido.

A cerimônia foi na Câmara dos Deputados . Nenhum senador ou figuras históricas do PMDB, como o ex-senador Pedro Simon e ex-presidente José Sarney, compareceram, assim como o presidente da legenda, Michel Temer, vice-presidente da República.

O dever de falar sobre a importância do rompimento no momento de aniversário da legenda ficou com o advogado e ex-deputado Eliseu Padilha, vice-presidente do PMDB e ex-ministro da Aviação Civil no governo Dilma. Padilha disse que a decisão reflete o que “há décadas” a maioria dos correligionários desejava.

“De cada 10 peemedebistas, 11 queriam e querem a candidatura própria, projeto próprio correspondente ao tamanho do nosso partido. Ontem, dissemos que estamos independentes e vamos cuidar com muito zelo das eleições municipais, pavimentando a estrada para chegar em alta velocidade a 2018”, disse.

Eliseu Padilha lembrou que foi um dos fundadores do MDB que deu origem ao PMDB e afirmou que, pela história política, o partido não pode abrir mão do “protagonismo”.

“Fizemos o que nossa consciência política nos determinou. Não podemos abrir mão do protagonismo nacional, não podemos abrir mão que temos ideias e soluções para os graves problemas que o país vive hoje”, completou.

O ex-ministro de Dilma disse, ainda, que a legenda sempre foi fator de estabilização. “Não será agora que vai contribuir para desestabilização”, concluiu.

Diversidade

Na mesa de abertura da solenidade desta quarta-feira, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), não citou diretamente a decisão de ontem, mas, num discurso indireto, definiu o atual momento como uma “tempestade”, afirmando que o PMDB “se mostra, como sempre se mostrou, um porto seguro”, apesar de ser composto por diversidade de correntes e ideias internamente.

Cunha lembrou o papel do partido na instalação do processo democrático brasileiro e que todos os atuais partidos políticos tiveram origem no PMDB.

Ao apresentar a contabilidade da legenda, o peemedebista lembrou que hoje ela tem a maior bancada na Câmara, com 69 deputados, além de sete governadores, quatro vice-governadores, 18 senadores e o vice-presidente da República.

Cunha ainda destacou o programa “Uma ponte para o futuro”, lançado pelo PMDB em outubro do ano passado e disse que esta agenda apresenta soluções para o momento de “turbulências dos últimos tempos”.

“Neste momento crucial, o PMDB - que sempre soube se pautar pela defesa do interesse público - não faltou e não vai faltar com a população”, finalizou.

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