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Roberto Azevêdo, candidato do Brasil que conhece OMC a fundo

Azevêdo é o representante permanente do Brasil na OMC desde 2008, posto que lhe rendeu a reputação de hábil negociador, de acordo com outros diplomatas

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2013 às 18h19.

O brasileiro Roberto Azevêdo, candidato ao cargo de diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), é um diplomata com vasta experiência nesta instituição, da qual conhece todos os segredos.

Ele é o representante permanente do Brasil na OMC desde 2008, posto que lhe rendeu a reputação de hábil negociador, de acordo com outros diplomatas.

Aos 55 anos, Azevêdo resolveu diversos conflitos comerciais importantes. Ele foi chefe de delegação em litígios importantes vencidos pelo Brasil na OMC, como nos casos dos subsídios ao algodão contra os Estados Unidos e ao açúcar contra a União Europeia.

Ele participou de quase todas as conferências ministeriais desde o lançamento, em 2001, das negociações de Doha sobre a liberalização do comércio mundial.

Um dos grandes desafios do novo chefe da OMC será retomar essas negociações, estagnadas há anos.

"O sistema precisa ser atualizado, ou ele será incapaz de atender as necessidades de um mundo que mudou bastante", declarou Azevêdo, ao apresentar sua candidatura em Genebra.

O Brasil obteve um papel predominante na organização a partir de 2003, durante o mandato presidencial de Lula (2003-2010), e o país se tornou um dos maiores negociadores junto com União Europeia (UE), Japão, China, Índia, Estados Unidos e Austrália.

Criticado por causa de medidas consideradas protecionistas, o Brasil é hoje um defensor dos direitos dos países em desenvolvimento frente aos Estados Unidos e a UE, liderando ao lado da Índia o G20, grupo dos países em desenvolvimento.


Azevêdo é reconhecido como conciliador entre as partes.

O diplomata começou a carreira no Itamaraty em 1984 e participou em 2001 da criação da Coordenadoria geral de litígios do Ministério das Relações Exteriores, que dirigiu por quatro anos. Em 2005, ele se tornou o chefe do departamento econômico do ministério e, de 2006 a 2008, foi sub-secretário geral de assuntos econômicos.

Nove candidatos apresentaram candidaturas para suceder ao francês Pascal Lamy, ex-comissário europeu de Comércio que ficou no cargo durante dois mandatos de quatro anos. Quatro candidatos foram descartados após a primeira fase de avaliação.

Cinco candidatos passaram à segunda fase: Roberto Azevedo, a indonésia Mari Pangestu, o mexicano Herminio Blanco, o sul-coreano Taeho Bark e neozelandês Tim Groser.

Na terceira fase, Azevêdo terá pela frente o mexicano.

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Aos 55 anos, Azevêdo resolveu diversos conflitos comerciais importantes. Ele foi chefe de delegação em litígios importantes vencidos pelo Brasil na OMC, como nos casos dos subsídios ao algodão contra os Estados Unidos e ao açúcar contra a União Europeia.

Ele participou de quase todas as conferências ministeriais desde o lançamento, em 2001, das negociações de Doha sobre a liberalização do comércio mundial.

Um dos grandes desafios do novo chefe da OMC será retomar essas negociações, estagnadas há anos.

"O sistema precisa ser atualizado, ou ele será incapaz de atender as necessidades de um mundo que mudou bastante", declarou Azevêdo, ao apresentar sua candidatura em Genebra.

O Brasil obteve um papel predominante na organização a partir de 2003, durante o mandato presidencial de Lula (2003-2010), e o país se tornou um dos maiores negociadores junto com União Europeia (UE), Japão, China, Índia, Estados Unidos e Austrália.

Criticado por causa de medidas consideradas protecionistas, o Brasil é hoje um defensor dos direitos dos países em desenvolvimento frente aos Estados Unidos e a UE, liderando ao lado da Índia o G20, grupo dos países em desenvolvimento.


Azevêdo é reconhecido como conciliador entre as partes.

O diplomata começou a carreira no Itamaraty em 1984 e participou em 2001 da criação da Coordenadoria geral de litígios do Ministério das Relações Exteriores, que dirigiu por quatro anos. Em 2005, ele se tornou o chefe do departamento econômico do ministério e, de 2006 a 2008, foi sub-secretário geral de assuntos econômicos.

Nove candidatos apresentaram candidaturas para suceder ao francês Pascal Lamy, ex-comissário europeu de Comércio que ficou no cargo durante dois mandatos de quatro anos. Quatro candidatos foram descartados após a primeira fase de avaliação.

Cinco candidatos passaram à segunda fase: Roberto Azevedo, a indonésia Mari Pangestu, o mexicano Herminio Blanco, o sul-coreano Taeho Bark e neozelandês Tim Groser.

Na terceira fase, Azevêdo terá pela frente o mexicano.

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