São Paulo - No ano passado, Oslo, capital da Noruega, foi a quarta cidade a desistir da disputa para sediar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022. O motivo: o alto custo.
Para o economista Andrew Zimbalist, considerado uma das maiores autoridades mundiais em grandes eventos esportivos e seu consequente retorno econômico, os gestores públicos estão se dando conta de que a Olimpíada não compensa.
É o que ele afirma no livro Circus Maximus, lançado no começo deste ano
Em entrevista a EXAME, Zimbalist diz por que o Rio de Janeiro tem pouco a ganhar com a Olimpíada de 2016.
Sediar os Jogos Olímpicos é um mau negócio?
Em geral, não há benefícios econômicos em sediar os Jogos Olímpicos. As cidades-sede endividam-se durante a preparação e depois passam dez, 20 ou 30 anos pagando a conta.
Por um longo tempo, os governos se veem obrigados a diminuir os gastos e a aumentar impostos.
Pior: uma parte das obras construídas para a Olimpíada, como os ginásios e os estádios, fica sem uso depois das competições. Essas obras consomem milhões de dólares na construção e custam caro para ser mantidas.
No Rio, os Jogos motivaram investimentos em infraestrutura. Nem assim vale a pena?
A Olimpíada do Rio de Janeiro vai custar algo entre 15 bilhões e 20 bilhões de dólares.
O dinheiro gasto na modernização do aeroporto e na expansão do metrô será bem investido.
O restante, porém, seria mais bem aplicado em áreas como saúde e educação.
Barcelona é frequentemente citada como uma cidade que tirou proveito da Olimpíada. Por que é tão difícil repetir esse feito?
Tendo a concordar que Barcelona foi um sucesso. Mas era uma situação peculiar.
A cidade havia sido negligenciada na ditadura Franco. Quando a Espanha se redemocratizou, Barcelona pôs em prática um plano para recuperar o tempo perdido. Os Jogos Olímpicos fizeram parte desse plano.
Na maioria dos casos, é o contrário: a cidade modela os investimentos em razão dos Jogos.
Além disso, Barcelona foi ajudada pela adesão da Espanha à União Europeia. Barcelona é linda, tem uma arquitetura maravilhosa, mas, na época dos Jogos, ainda era uma pérola a ser descoberta.
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1. Faltam 681 dias
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1/31 (Divulgação/Rio 2016)
São Paulo - Parece distante, mas 2016 já está logo ali. Ou pelo menos é essa a sensação que se tem olhando para o tanto que ainda há para ser feito antes do início das
Olimpíadas Rio 2016. É a primeira vez que os jogos serão realizados na América do Sul e depois da
Copa do Mundo, a expectativa é alta - tanto positiva (uma vez que os elogios foram muitos), quanto negativa (já que o atraso das obras fez o Brasil ouvir muitas críticas em relação ao seu desempenho como organizador de um invento desta magnitude). Veja a seguir as obras que estão sendo realizadas no
Rio de Janeiro para abrigar os 42 esportes que serão disputados por mais de 10 mil atletas.
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2. Parque Olímpico
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2/31 (Divulgação/Cidade Olímpica)
O que vai receber: 16 modalidades olímpicas (basquete, ciclismo de pista, ginástica artística, ginástica de trampolim, ginástica rítmica, handebol, judô, luta greco-romana, luta livre, nado sincronizado, natação, polo aquático, saltos ornamentais, taekwondo, esgrima e tênis) e 10 paralímpicas (basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, futebol de 5, golbol, judô, natação, rúgbi em cadeira de rodas, vôlei sentado e tênis em cadeira de rodas). O Parque Olímpico também será o local do principal legado esportivo dos Jogos Rio 2016: o Centro Olímpico de Treinamento (COT), voltado para atletas de alto rendimento. Nas fotos a seguir você vê o andamento de cada uma das obras do Parque Olímpico.
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3. Três pavilhões esportivos (Parque Olímpico)
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3/31 (Divulgação/Rio 2016)
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4. Centro Internacional de Transmissão (Parque Olímpico)
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4/31 (Divulgação/ Rio 2016/ Alex Ferro)
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5. Arena de Handebol (Parque Olímpico)
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5/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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6. Centro Aquático (Parque Olímpico)
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6/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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7. Arena Rio (Parque Olímpico)
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7/31 (Michael Regan/Getty Images)
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8. Parque Aquático Maria Lenk (Parque Olímpico)
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8/31 (Michael Regan/Getty Images)
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9. Campo de Golfe
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9/31 (Divulgação/ EOM/ Renato Sette Camara)
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10. Rio Centro
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10/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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11. Velódromo
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11/31 (Divulgação/ Rio 2016)
* Imagem ilustrativa de como deve ficar o Velódromo após a conclusão das obras
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12. Complexo Esportivo de Deodoro
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12/31 (Divulgação/ SEPAN-ME)
O local será sede de 11 modalidades olímpicas e quatro paralímpicas. Como recebeu os Jogos Pan-americanos de 2007 e os Jogos Mundiais Militares de 2011, já tem 60% das áreas de competição permanentes construídas. Após os Jogos Olímpicos, o circuito de canoagem slalom e a pista de BMX farão parte do Parque Radical, que será o legado esportivo do evento para a região. Com cerca de 500 mil metros quadrados, o parque será o segundo maior da cidade. Nas fotos a seguir você vê o andamento de cada uma das obras do Complexo Esportivo de Deodoro.
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13. Arena Deodoro (Complexo Deodoro)
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13/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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14. Centro de Tiro (Complexo Deodoro)
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14/31 (Divulgação/Cidade Olímpica)
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15. Piscina do pentatlo moderno (Complexo Deodoro)
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15/31 (Divulgação/Cidade Olímpica)
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16. Centro de Hipismo (Complexo Deodoro)
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16/31 (Divulgação/Cidade Olímpica)
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17. Pista de BMX (Complexo Deodoro)
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17/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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18. Circuito de canoagem slalom (Complexo Deodoro)
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18/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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19. Arena de rúgbi e combinado do pentatlo moderno (Complexo Deodoro)
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19/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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20. Centro de Hóquei Sobre Grama (Complexo Deodoro)
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20/31 (Wilson Dias/ABr - Agência Brasil)
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21. Sambódromo
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21/31 (Cidade Olímpica/Divulgação)
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22. Marina da Glória
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22/31 (Divulgação/ Rio 2016/ Alex Ferro)
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23. Estádio João Havelange
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23/31 (Michael Regan/Getty Images)
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24. Estádio de Copacabana
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24/31 (Wikimedia Commons)
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25. Forte de Copacabana
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25/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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26. Parque do Flamengo
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26/31 (Wikicommons/ Alicia Nijdam)
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27. Maracanã
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27/31 (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)
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28. Ginásio do Maracanãzinho
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28/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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29. Lagoa Rodrigo de Freitas
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29/31 (Reprodução)
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30. Parque Aquático Julio Delamare
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30/31 (Tânia Rêgo / Agência Brasil)
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31. Veja os grandes números da preparação para os Jogos
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31/31 (Rio 2016/Alex Ferro)