Dilma faz campanha em São Paulo, ao lado de Eduardo Suplicy e Alexandre Padilha (Paulo Pinto/Analítica)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2015 às 09h15.
São Paulo - Proibido desde 17 de abril de receber doações de empresas privadas, o diretório estadual do PT de São Paulo registrou um prejuízo de R$ 55,2 milhões em 2014.
Segundo números divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, o diretório do PT paulista arrecadou R$ 57,7 milhões no ano passado e gastou R$ 112,9 milhões.
O partido que teve a maior arrecadação foi o PSDB, com R$ 74,9 milhões de receita.
Segundo o PT paulista, a maior parte do prejuízo, cerca de R$ 25 milhões, se refere à dívida deixada pela campanha do candidato a governador Alexandre Padilha, hoje secretário municipal de Relações Institucionais de São Paulo.
Outra parte diz respeito às dívidas deixadas por candidatos a deputado nas eleições do ano passado.
Na eleição de 2014, o PT sofreu uma das maiores derrotas em seu berço político. Dilma, com apenas 35% dos votos paulistas, foi derrotada no Estado por Aécio Neves (PSDB), que teve 64%. Padilha amargou o terceiro lugar na disputa pelo governo, com 18% dos votos.
No dia 17 de abril, o diretório nacional do PT aprovou uma resolução que proíbe o recebimento de doações de empresas privadas em todos as instâncias partidárias.
Sem previsão
O presidente do diretório estadual do PT, Emidio de Souza, disse que o partido está conversando com os fornecedores das campanhas, mas ainda não sabe como vai pagar a dívida.
"Ainda não há uma resposta para essa pergunta. Estamos conversando com fornecedores e segurando por enquanto", afirmou.
O PT foi o segundo partido que mais arrecadou em São Paulo no ano passado. O primeiro foi o PSDB, com R$ 74,9 milhões de receita e R$ 68,6 milhões de despesas.
Em terceiro vem o PSD, que arrecadou R$ 30,7 milhões e gastou praticamente o mesmo valor. O SD vem em quarto lugar, que declarou à Justiça Eleitoral R$ 20,7 milhões de receitas e praticamente o mesmo montante em despesas.
Na sequência aparece o PMDB, que arrecadou R$ 15,8 milhões e gastou R$ 15,9 milhões.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.