Marginal Tietê: integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) iniciaram uma passeata às 10h de hoje na Marginal Tietê, interditando duas pistas no sentido Ayrton Senna (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2013 às 11h51.
São Paulo – Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) iniciaram uma passeata às 10h de hoje (3) na Marginal Tietê, interditando duas pistas no sentido Ayrton Senna, altura da Ponte Atílio Fontana. Eles seguem em direção às unidades das empresas Siemens e Alstom, no bairro da Lapa, na zona oeste. Segundo a Polícia Militar, 500 pessoas participam da manifestação. Os organizadores estimam em três mil o número de participantes.
Robson Formica, coordenador do MAB, explica que o ato tem como objetivo cobrar investigação sobre corrupção envolvendo as duas empresas. “Queremos que se apurem os indícios de irregularidades que ligam transnacionais a políticos, envolvendo a formação de cartéis para grandes obras públicas. E, segundo os indícios, isso não se limita apenas ao sistema de transportes, isso envolve a questão de energia elétrica e de hidrelétricas, no fornecimento de componentes para construir usinas hidrelétricas”, declarou.
Segundo Formica, a manifestação tem presença de pessoas atingidas por barragens vindas de 17 estados e de 25 países para o Encontro Nacional do movimento, que começou na última segunda-feira (2) em Cotia, grande São Paulo. Foram utilizados 22 ônibus do MAB para o deslocamento dos manifestantes até a Marginal Tietê.
Em apoio ao MAB, participam também outros movimentos como o Levante Popular da Juventude, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Movimento dos Agricultores e das Mulheres Camponesas.
Octávio Fonseca, coordenador estadual do Levante Popular da Juventude, mostrou seu apoio ao ato promovido pelo MAB. “Essa manifestação vai direto à causa, a gente costuma falar que a grande maioria dos políticos é corrupta, mas ninguém quer falar sobre quem são os corruptores, que são os empresários e capitalistas do Brasil, que corrompem o sistema”, disse.