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Programas de prevenção da aids devem focar nas mulheres

Especialistas alertaram, na 19ª Conferência Internacional sobre Aids, que mulheres estão mais vulneráveis à doença

Truvada, o medicamento recentemente aprovado como pílula de prevenção à Aids: especialistas alertam que mulheres estão mais vulneráveis à doença (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)

Truvada, o medicamento recentemente aprovado como pílula de prevenção à Aids: especialistas alertam que mulheres estão mais vulneráveis à doença (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2012 às 18h25.

Brasília – Na 19ª Conferência Internacional sobre Aids, em Washington, nos Estados Unidos, especialistas alertaram que as mulheres estão mais vulneráveis à doença. Segundo eles, é necessário ampliar a rede de programas para além das grávidas e lactantes. Só em 2011, 1,2 milhão de mulheres, incluindo adolescentes e jovens, foram infectadas, a maioria nos países em desenvolvimento.

A infeção pelo vírus HIV é a principal causa de mortalidade entre as mulheres em idade fértil, dizem os especialistas. De acordo com os dados apresentados na conferência, os casos de infecção entre as mulheres jovens, de 15 a 24 anos, são duas vezes maiores aos dos homens da mesma faixa etária. Pelo menos 63% das mulheres jovens contaminadas vivem com o vírus.

"Não podemos sequer começar a falar em pôr fim à aids enquanto uma parte tão importante do impacto da epidemia continuar a afetar tão fortemente as mulheres", disse a professora de medicina da Universidade da Califórnia, em São Francisco, e copresidente da conferência de Washington, Diane Havlir. A conferência reúne cerca de 20 mil delegados de 190 países.

Para a professora de medicina, é necessário adotar novas abordagens de prevenção utilizando antirretrovirais e microbicidas (substâncias aplicadas no órgão genital que diminuem infecções por doenças sexualmente transmissíveis, como em forma de creme e gel, por exemplo). Diane Havlir lembrou que o hábito de sexo sem preservativo ainda é frequente. Segundo ela, em vários países, a cultura da relação sexual sem proteção é a comum, assim como os abusos sexuais.

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