Presos 11 acusados de integrar a maior milícia do Rio
A polícia apreendeu R$ 30 mil, um caminhão com combustível possivelmente adulterado, três armas, cinco veículos, além de grande quantidade de munição
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 17h40.
Rio de Janeiro - Onze pessoas acusadas de integrar o segundo escalão da milícia conhecida como Liga da Justiça, a maior em atividade no Rio de Janeiro , foram presas nesta quinta-feira durante a Operação Pandora 2, desencadeada pela Secretaria de Segurança e pelo Ministério Público estadual. Os agentes também cumpriram 30 mandados de busca.
Foram apreendidos R$ 30 mil em espécie, um caminhão com combustível possivelmente adulterado, três armas, cinco veículos importados, além de grande quantidade de munição, documentos e computadores.
Uma central clandestina de distribuição de sinal de TV a cabo, conhecida como "gatonet", que contava com 5 mil assinantes, foi estourada. O bando é acusado dos crimes de formação de quadrilha armada, agiotagem e extorsão. Calcula-se que as atividades ilícitas rendiam cerca de R$ 500 mil mensais à quadrilha.
Entre os presos está o pastor evangélico Dijanio Aires Diniz, de 39 anos. Segundo o delegado Alexandre Capote, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), o religioso utilizava sua igreja em Campo Grande, na zona oeste da capital fluminense, como escritório de agiotagem da milícia.
"Ele emprestava dinheiro a qualquer pessoa, mas principalmente aos seus fiéis, e depois cobrava juros extorsivos de até 60% ao mês. Quando atrasavam o pagamento de uma parcela, o próprio pastor ameaçava as vítimas de morte."
A investigação, que durou um ano, também descobriu que a milícia começou a explorar uma nova atividade econômica: a venda de combustível adulterado. "Além da adulteração, os criminosos obtinham lacres falsificados de outros Estados e usavam notas fiscais frias para dar uma aparência de legalidade ao negócio.
Por isso, acreditamos que os postos de gasolina que revendiam esse combustível agiam de boa-fé", explicou Capote. O delegado disse que o bando também ganhava dinheiro cobrando "taxa de segurança" de moradores, comerciantes e motoristas de transporte alternativo, detendo o monopólio na venda de botijões de gás na sua região de atuação e explorando máquinas caça-níqueis.
Duas pessoas que também tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça permanecem foragidas: André Marcelo Botti de Andrade e Cléber Oliveira da Silva.
Além do pastor, foram presos o ex-PM José Luiz Cordeiro Cavalcante da Silva, conhecido como Bolt, José Ribamar Gomes Passos, Elber Meireles Pessanha, Aline Barbosa da Silva, Antônio Claudino Ribeiro Blanco, Rhuan Claudius Martins Blanco, e Leandro José de Freitas da Silva. Outros três homens que estão presos desde maio tiveram a prisão decretada neste inquérito: o ex-PM Carlos Henrique Garcia Ramos, Luciano Alves da Silva, e Célio Alves Palmas Júnior.
O subchefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, disse que novas operações serão realizadas com o objetivo de prender o ex-PM Toni Angelo de Souza Aguiar, acusado de chefiar a milícia desde a prisão do também ex-PM Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman. Contra Toni Angelo há 11 mandados de prisão.
Rio de Janeiro - Onze pessoas acusadas de integrar o segundo escalão da milícia conhecida como Liga da Justiça, a maior em atividade no Rio de Janeiro , foram presas nesta quinta-feira durante a Operação Pandora 2, desencadeada pela Secretaria de Segurança e pelo Ministério Público estadual. Os agentes também cumpriram 30 mandados de busca.
Foram apreendidos R$ 30 mil em espécie, um caminhão com combustível possivelmente adulterado, três armas, cinco veículos importados, além de grande quantidade de munição, documentos e computadores.
Uma central clandestina de distribuição de sinal de TV a cabo, conhecida como "gatonet", que contava com 5 mil assinantes, foi estourada. O bando é acusado dos crimes de formação de quadrilha armada, agiotagem e extorsão. Calcula-se que as atividades ilícitas rendiam cerca de R$ 500 mil mensais à quadrilha.
Entre os presos está o pastor evangélico Dijanio Aires Diniz, de 39 anos. Segundo o delegado Alexandre Capote, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), o religioso utilizava sua igreja em Campo Grande, na zona oeste da capital fluminense, como escritório de agiotagem da milícia.
"Ele emprestava dinheiro a qualquer pessoa, mas principalmente aos seus fiéis, e depois cobrava juros extorsivos de até 60% ao mês. Quando atrasavam o pagamento de uma parcela, o próprio pastor ameaçava as vítimas de morte."
A investigação, que durou um ano, também descobriu que a milícia começou a explorar uma nova atividade econômica: a venda de combustível adulterado. "Além da adulteração, os criminosos obtinham lacres falsificados de outros Estados e usavam notas fiscais frias para dar uma aparência de legalidade ao negócio.
Por isso, acreditamos que os postos de gasolina que revendiam esse combustível agiam de boa-fé", explicou Capote. O delegado disse que o bando também ganhava dinheiro cobrando "taxa de segurança" de moradores, comerciantes e motoristas de transporte alternativo, detendo o monopólio na venda de botijões de gás na sua região de atuação e explorando máquinas caça-níqueis.
Duas pessoas que também tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça permanecem foragidas: André Marcelo Botti de Andrade e Cléber Oliveira da Silva.
Além do pastor, foram presos o ex-PM José Luiz Cordeiro Cavalcante da Silva, conhecido como Bolt, José Ribamar Gomes Passos, Elber Meireles Pessanha, Aline Barbosa da Silva, Antônio Claudino Ribeiro Blanco, Rhuan Claudius Martins Blanco, e Leandro José de Freitas da Silva. Outros três homens que estão presos desde maio tiveram a prisão decretada neste inquérito: o ex-PM Carlos Henrique Garcia Ramos, Luciano Alves da Silva, e Célio Alves Palmas Júnior.
O subchefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, disse que novas operações serão realizadas com o objetivo de prender o ex-PM Toni Angelo de Souza Aguiar, acusado de chefiar a milícia desde a prisão do também ex-PM Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman. Contra Toni Angelo há 11 mandados de prisão.