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Presidente da APO passeia por Guanabara e desaprova o que vê

Fortes apontou para os integrantes dos grupos de Sustentabilidade e de Saneamento da APO lugares onde se podia ver a poluição, com lixo ou com óleo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2013 às 20h21.

Rio de Janeiro – Um passeio pela Baía de Guanabara, na escuna Nogueira da Gama, da Marinha do Brasil, serviu para o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Márcio Fortes, observar hoje (3) as condições da água do local que receberá as competições de vela dos Jogos Olímpicos de 2016.

Durante uma hora e 20 minutos, Fortes apontou para os integrantes dos grupos de Sustentabilidade e de Saneamento da APO lugares onde se podia ver a poluição, com lixo ou com óleo.

A avaliação desta sexta-feira foi a segunda feita pelo presidente da APO. Na primeira, acompnahdo do biólgo Mário Moscatelli, Fortes sobrevoou, de helicóptero, a Baía de Guanabara e não gostou do que viu. Hoje, segundo ele, a situação foi um pouco melhor, mas fez a ressalva de que as condições da poluição dependem da maré.

"A visão do alto é bem diferente de sair pelo mar onde se perde a perspectiva. Do alto você vê as manchas de óleo, a quantidade de lixo depositada em diversas áreas, sobretudo nas margens quando a maré está baixa. A qualidade da água se pode sentir do alto, e é possível ver como a poluição avança. Eu hoje não vi muito lixo, mas isso também depende da maré alta ou baixa. Hoje até que estava razoavelmente limpo. A qualidade a gente só pode sentir do alto, de helicóptero, mas se a gente for olhar as margens próximas à Marina da Glória ou no Caju, é inacreditável", disse ressaltando que ficou assustado com a quantidade de lixo.

Segundo Fortes, as duas avaliações vão gerar um relatório que será encaminhado ao governo federal para discussão das soluções emergenciais a fim de diminuir a poluição da baía.

"O Programa de Despoluição da Baía de Guanabara vem de muito tempo, vem da década de 1990, e os resultados não foram os esperados. Então, temos que pensar agora em soluções que tragam para as competições uma qualidade de água desejável e ausência de lixo”, declarou.

O passeio normalmente é feito no rebocador Laurindo Pitta, mas como ele passa por manutenção, está sendo usada a escuna Nogueira da Gama. A viagem é uma das atrações turísticas do Rio de Janeiro. O ponto de partida é o Centro Cultural da Marinha, na Praça XV, no centro do Rio.

Para Márcio Fortes, o fato de levar tantos turistas para conhecer a Baía de Guanabara também acaba deixando evidente as condições ambientais do local. "O turista constata que o poder público tem que fazer alguma coisa para combater a questão e sobretudo a presença de lixo na Baía de Guanabara", disse.

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