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Prefeito do Rio reconhece falhas em sua conversa com Lula

Na gravação, o prefeito faz considerações sobre o que chamou de mau humor de Dilma

Eduardo Paes: na gravação, o prefeito faz considerações sobre o que chamou de mau humor de Dilma e sobre o que poderia ser entendido como pouco prestígio do governador, Luiz Fernando Pezão (Buda Mendes/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2016 às 14h53.

Rio de Janeiro - O prefeito do Rio, Eduardo Paes , reconheceu hoje (17) que foi infeliz e de extremo mau gosto em recente conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula , empossado ministro da Casa Civil .

A conversa foi grampeada pela Polícia Federal e divulgada à imprensa com autorização do juiz federal Sérgio Moro . Ontem(16), Moro retirou sigilo do processo contra o ex-presidente, que era investigado na 24º fase da Operação Lava Jato.

Na gravação, o prefeito faz considerações sobre o que chamou de mau humor da presidenta Dilma Rousseff e sobre o que poderia ser entendido como pouco prestígio do governador do estado, Luiz Fernando Pezão.

Paes informou que a ligação para o ex-presidente foi um ato de gentileza, após Lula ter sido levado coercitivamente para depor, no início do mês, por ordem de Moro, no aeroporto de Congonhas. O prefeito se desculpou pelas declarações que ele mesmo entendeu inadequadas.

“Conversei com o presidente Lula tentando ser gentil com um homem que, como presidente, ajudou muito a cidade, ajudou muito meu governo. Ele [Lula] foi correto na relação política com a prefeitura e permitiu avanços na cidade. Essa tentativa me levou a brincadeiras de profundo mau gosto. Não passaram de brincadeiras, mas, admito, de profundo mau gosto, tecendo comentários que não fazem parte de minha personalidade, que me geram arrependimento e vergonha”, acrescentou Paes.

“Divulgada da maneira como foi é de mais mau gosto ainda”. Paes reiterou o pedido de desculpas à população de Maricá, na região metropolitana, que ele insinuou, na gravação, ser um lugar para “pobre”.

Ele comparou a cidade a Atibaia e não a outras mais valorizadas do estado, como Petrópolis e Itaipava.

“Governo principalmente para os pobres. Daí as palavras e as brincadeiras que utilizei. Acho que é olhar a prática do meu governo, com os investimentos em áreas mais pobres. Vou apelar à minha vida na prática”, justificou.

No áudio grampeado, o prefeito e o presidente Lula também conversam sobre o que consideraram excessos na Lava Jato, como a condução coercitiva do ex-presidente.

Paes e Lula também citaram a delação do senador Delcídio do Amaral, que era líder do PT no Senado. “[A operação] Passou de todos os limites mesmo.

A gente tem medo de conversar com as pessoas agora”, disse o prefeito, que revelou ter receio de receber representantes de empreiteiras com obras na cidade.

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Rio de Janeiro - O prefeito do Rio, Eduardo Paes , reconheceu hoje (17) que foi infeliz e de extremo mau gosto em recente conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula , empossado ministro da Casa Civil .

A conversa foi grampeada pela Polícia Federal e divulgada à imprensa com autorização do juiz federal Sérgio Moro . Ontem(16), Moro retirou sigilo do processo contra o ex-presidente, que era investigado na 24º fase da Operação Lava Jato.

Na gravação, o prefeito faz considerações sobre o que chamou de mau humor da presidenta Dilma Rousseff e sobre o que poderia ser entendido como pouco prestígio do governador do estado, Luiz Fernando Pezão.

Paes informou que a ligação para o ex-presidente foi um ato de gentileza, após Lula ter sido levado coercitivamente para depor, no início do mês, por ordem de Moro, no aeroporto de Congonhas. O prefeito se desculpou pelas declarações que ele mesmo entendeu inadequadas.

“Conversei com o presidente Lula tentando ser gentil com um homem que, como presidente, ajudou muito a cidade, ajudou muito meu governo. Ele [Lula] foi correto na relação política com a prefeitura e permitiu avanços na cidade. Essa tentativa me levou a brincadeiras de profundo mau gosto. Não passaram de brincadeiras, mas, admito, de profundo mau gosto, tecendo comentários que não fazem parte de minha personalidade, que me geram arrependimento e vergonha”, acrescentou Paes.

“Divulgada da maneira como foi é de mais mau gosto ainda”. Paes reiterou o pedido de desculpas à população de Maricá, na região metropolitana, que ele insinuou, na gravação, ser um lugar para “pobre”.

Ele comparou a cidade a Atibaia e não a outras mais valorizadas do estado, como Petrópolis e Itaipava.

“Governo principalmente para os pobres. Daí as palavras e as brincadeiras que utilizei. Acho que é olhar a prática do meu governo, com os investimentos em áreas mais pobres. Vou apelar à minha vida na prática”, justificou.

No áudio grampeado, o prefeito e o presidente Lula também conversam sobre o que consideraram excessos na Lava Jato, como a condução coercitiva do ex-presidente.

Paes e Lula também citaram a delação do senador Delcídio do Amaral, que era líder do PT no Senado. “[A operação] Passou de todos os limites mesmo.

A gente tem medo de conversar com as pessoas agora”, disse o prefeito, que revelou ter receio de receber representantes de empreiteiras com obras na cidade.

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