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Potencializa ódio contra o Brasil por vaidade, diz Bolsonaro sobre Macron

Presidente criticou declaração do líder francês em que chamava o Brasil de mentiroso por firmar compromissos sobre o meio ambiente

Bolsonaro: presidente voltou a criticar o líder francês (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Bolsonaro: presidente voltou a criticar o líder francês (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de agosto de 2019 às 18h12.

Última atualização em 23 de agosto de 2019 às 18h53.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a criticar o presidente francês, Emmanuel Macron. Pelo Twitter, Bolsonaro disse lamentar que a França tenha afirmado que o presidente do Brasil mentiu ao afirmar seus compromissos com o meio ambiente durante o encontro do G-20 ocorrido em junho.

Bolsonaro também disse que Macron divulgou uma de uma antiga queimada na Amazônia com o objetivo de "potencializar o ódio contra o Brasil por mera vaidade".

O presidente se refere a um tuíte de Macron publicado na quinta-feira, 22, no qual o francês usou uma imagem de 1989 para lamentar as queimadas que afetam atualmente a floresta amazônica.

"Lamento a posição de um chefe de Estado, como o da França, se dirigir ao PR brasileiro como "mentiroso". Não somos nós que divulgamos fotos do século passado para potencializar o ódio contra o Brasil por mera vaidade. Nosso país, verde e amarelo, mora no coração de todo o mundo", escreveu Bolsonaro.

O presidente do Brasil ainda referiu-se a si mesmo como "chefe de uma das maiores democracias do mundo" e desejou "ao povo francês paz e felicidades".

Rodrigo Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta que Macron se excedeu nos comentário em relação ao Brasil e à Amazônia. Segundo ele, cabe ao governo brasileiro encontrar soluções para os problemas no próprio território.

"Acho que a frase do presidente francês ontem introduzindo a questão da nossa casa...O que é a nossa casa? Floresta amazônica no território brasileiro é dos brasileiros. Nós temos que encontrar soluções", disse o presidente da Câmara.

Segundo Maia, o legislativo e, principalmente, o Executivo federal e estadual têm que buscar uma explicação para o aumento do desmatamento. "A estrutura do meio ambiente cumpriu seu papel ou não? Os superintendentes do meio ambiente de cada região, os fiscais foram nomeados não foram, cumpriram seu papel?", questionou.

"Crise amazônica falsa"

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse no Twitter que a crise Amazônica é "fruto do acordo comercial fechado com a Europa".

"A crise Amazônica falsa é fruto do acordo comercial fechado com a Europa. O lobby dos agricultores europeus reagiu diante da iminente invasão de produtos brasileiros. Isso, combinado com ONGs, esquerda e 'artistas', revoltados com o fim da mamata. Podem prejudicar os brasileiros", escreveu.

 

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