O resultado é o pior para o governo entre as quatro edições da pesquisa realizadas desde o início do mandato (Carolina Antunes/PR/Flickr)
São Paulo - Caiu a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, enquanto a desaprovação do seu governo subiu.
É o que mostra uma pesquisa divulgada na tarde desta sexta-feira (20) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que encomendou o levantamento para o Ibope.
O percentual de brasileiros que avalia o governo como ruim ou péssimo passou de 34% em setembro para 38% em dezembro, fora da margem de erro de dois pontos percentuais.
Já 29% consideram o governo bom ou ótimo. Em abril, essa taxa era de 35%, indo para 32% em junho e 31% em setembro.
A porcentagem dos brasileiros que consideram a administração regular foi de 31% em dezembro, índice estável dentro da margem desde o início do mandato.
A CNI/Ibope fez o levantamento entre os dias 5 e 8 de dezembro, e ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios.
41% dos brasileiros aprovam e 53% não aprovam a forma de Bolsonaro governar. O resultado é o pior para o governo entre as quatro edições da pesquisa realizadas desde o início do mandato.
Em abril deste ano, aqueles que desaprovavam eram 40%, 13 pontos percentuais a menos do que hoje. O aumento foi progressivo nas pesquisas posteriores: 48% em junho e 50% em setembro.
56% dizem não confiar no governo. O nível de confiança caiu, mas dentro da margem de erro: no primeiro levantamento eram 45%, que subiu para 51% em junho e 55% em setembro.
A aprovação do combate ao desemprego aumentou 5 pontos percentuais entre setembro e dezembro, passando de 36% para 41%. O tema deixou portanto de ser o terceiro com pior avaliação e passa a ser o
terceiro mais bem avaliado.
A avaliação é dividida em áreas especialmente controversas do governo, como meio ambiente (40% aprovam e 54% desaprovam) e educação (45% aprovam e 51% desaprovam).
Uma pesquisa especial da CNI com empresários, divulgada no último dia 11, mostra uma avaliação bem mais positiva do governo entre este grupo.
60% consideram o governo ótimo ou bom, quase o dobro da taxa entre a população em geral. 65% dos empresários disseram confiar no governo, e 64% afirmaram aprovar a forma de Bolsonaro governar.