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PM e ex-agente são presos sob suspeita de matarem torcedores

Um dos torcedores mortos devia dinheiro por tráfico de drogas ao ex-agente da Polícia Militar Rodinei Silva


	Um dos torcedores mortos devia dinheiro por tráfico de drogas ao ex-agente da Polícia Militar Rodinei Silva
 (REUTERS / Kim Kyung-Hoon)

Um dos torcedores mortos devia dinheiro por tráfico de drogas ao ex-agente da Polícia Militar Rodinei Silva (REUTERS / Kim Kyung-Hoon)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2015 às 10h33.

São Paulo - Um policial e outro ex-agente da instituição foram detidos nesta quinta-feira sob suspeita de participação, no dia 18 de abril, na chacina na sede da torcida organizada do Corinthians Pavilhão Nove, quando oito pessoas foram assassinadas, informaram as autoridades.

O Departamento Regional de Homicídios e de Proteção à Pessoa disse que um dos torcedores mortos devia dinheiro por tráfico de drogas ao ex-agente da Polícia Militar Rodinei Silva, preso nesta quinta-feira junto a um policial envolvido no caso na cidade de Carapicuiba, região metropolitana de São Paulo.

Silva tem antecedentes judiciais por vínculos com o narcotráfico.

O nome do policial que foi detido junto a Silva não foi informado pelas autoridades, que confirmaram a existência de mais ordens de prisão contra outros suspeitos do assassinato, inclusive agentes policiais.

A Polícia Civil, encarregada das investigações, disse pouco depois do massacre que os assassinatos foram ordenados por um comando do crime organizado "que atua dentro e fora das prisões do estado de São Paulo".

O massacre ocorreu diante da sede da torcida organizada Pavilhão Nove, situada na região central de São Paulo.

De acordo com as autoridades, três homens armados invadiram a sede da torcida e mataram a tiros oito pessoas, com idades entre 19 e 38 anos, em um suposto acerto de contas relacionado com drogas, já que duas das vítimas têm antecedentes por narcotráfico.

Algumas testemunhas que conseguiram fugir do local relataram que os três homens armados não usavam máscaras e, a princípio, se identificaram como membros da polícia.

Sete vítimas morreram no ato e o oitavo, que ficou ferido, conseguiu fugir, mas caiu no chão em um posto de gasolina próximo e foi levado ao hospital das Clínicas, onde morreu.

O massacre aconteceu um dia antes do clássico diante do Palmeiras válido por uma das semifinais do Campeonato Paulista, que terminou no domingo com título para o Santos.

Entre as vítimas estava um dos torcedores que esteve preso na Bolívia em 2013, junto a outros 11 torcedores da equipe, acusados da morte de um menor de 14 anos alcançado por um sinalizador lançado pelos brasileiros durante uma partida da Taça Libertadores desse ano contra o San José de Oruro.

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