Joesley Batista: "os colaboradores agiram movidos pelo intuito de ludibriar o MPF e proteger aliados", diz a PGR (Adriano Machado/Reuters/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 18 de dezembro de 2017 às 20h56.
Última atualização em 18 de dezembro de 2017 às 21h12.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou hoje (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer no qual reitera pedido para homologação da rescisão do acordo dos benefícios da delação premiada de Joesley Batista, um dos sócios do grupo J&F, e do executivo do grupo Ricardo Saud. A decisão caberá ao ministro Edson Fachin, relator do caso.
Segundo Dodge, os acusados omitiram da procuradoria a participação do ex-procurador Marcelo Miller a favor dos interesses do grupo J&F e uma suposta conta bancária de Saud no Paraguai.
"Trata-se, portanto, de forte indício, e não mera especulação, a reforçar que os colaboradores agiram movidos pelo intuito de ludibriar o MPF e proteger aliados, em conduta claramente desleal e afrontosa ao pacto que fizeram nos acordos de colaboração premiada e à Justiça", destaca
Em setembro, Fachin decretou a prisão de ambos após o ex-procurador Rodrigo Janot anular a imunidade penal que foi concedida por ele a Joesley e Saud por ter concluído que os acusados omitiram informações da PGR durante o processo de assinatura do acordo de delação premiada.