Lúcio Funaro: o delator detalhou sua atuação como operador financeiro do PMDB da Câmara (Alexandre Schneider/VEJA)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de agosto de 2017 às 17h41.
Brasília - A delação do operador financeiro Lúcio Funaro chegou nesta terça-feira, 29, ao gabinete do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Cabe ao relator da Lava Jato na Corte homologar o acordo de Funaro com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Só depois disso, o Ministério Público Federal pode utilizar as informações prestadas pelo operador para fazer investigações.
Antes de homologar a delação, o ministro deve convocar o colaborador para confirmar que o acordo foi assinado de forma espontânea. O conteúdo da delação é mantido em sigilo.
Nas conversas com a PGR, Funaro detalhou sua atuação como operador financeiro do PMDB da Câmara dos Deputados.
O grupo político é liderado pelo presidente Michel Temer e tem como principais integrantes os atuais e ex-ministros Eliseu Padilha, Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves.
Além deles, outro importante representante dos peemedebistas da Câmara é o ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba por ordem do juiz Sérgio Moro.
O acordo foi assinado há uma semana na sede da PGR, em Brasília. Depois disso, o operador financeiro passou a prestar depoimentos aos investigadores.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pretende usar informações prestadas por Funaro na segunda denúncia que pretende enviar contra o presidente Michel Temer.