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PF investiga ameaças ao juiz da Lava Jato no Rio

Dois planos de assassinato contra Marcelo Bretas já foram descobertos pela Polícia Federal

Marcelo Bretas: o juiz decretou a prisão do ex-governador Sérgio Cabral Filho, do empresário Eike Batista e do ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes (Leo Martins/Agência O Globo)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de abril de 2017 às 18h25.

Rio - Uma equipe da Polícia Federal de Brasília está no Rio de Janeiro para investigar as ameaças feitas ao juiz Marcelo Bretas, responsável pelas ações da Lava Jato no Estado.

Pelo menos dois planos de assassinato que tinham o juiz como alvo foram descobertos.

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Bretas, que decretou a prisão do ex-governador Sérgio Cabral Filho, do empresário Eike Batista e do ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes, entre outros, teve a segurança reforçada no início de abril.

A informação foi publicada pelo jornal O Globo e confirmada pela reportagem do Grupo Estado.

Um dos planos para matar Bretas partiu de um presídio. Outro chegou por telefone, numa ligação ao Disque Denúncia.

O juiz, titular da 7ª Vara Federal Criminal, começou a ter escolta de agentes federais em fevereiro.

Naquele mês, pessoas estiveram na cantina e na portaria do prédio da Justiça Federal e tentaram obter informações sobre a rotina de Bretas.

Há duas semanas, o desembargador André Fontes, presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, determinou o reforço da segurança.

"O tribunal está atento à situação do juiz Bretas. Esse talvez seja um dos maiores desafios que o tribunal enfrenta hoje. Vim aqui simbolicamente dizer a todos que essa preocupação que paira sobre o juiz hoje também é preocupação do tribunal", disse o desembargador, na ocasião.

A equipe da PF de Brasília que está no Rio é a mesma que avaliou as ameaças recebidas pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.

Moro, a princípio, recusou a escolta, mas desde março de 2016 é acompanhado por agentes federais e se locomove em veículos blindados.

Em outubro passado, quando esteve no Rio para receber o prêmio de Homem do Ano, pela Câmara Britânica de Comércio e Indústria, Moro esteve o tempo todo sob a vigilância dos agentes.

No jantar para 150 pessoas, em que os convites custaram entre R$ 400 e R$ 600, era exigido traje black tie.

Os policiais vestiram-se a caráter e misturaram-se aos convidados.

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