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PF desarticula quadrilha de lavagem internacional de dinheiro

De acordo com a PF, as investigações começaram a partir de uma prisão em flagrante no aeroporto internacional de Brasília em agosto de 2016

Polícia Federal: ações se concentram no Distrito Federal, mas também ocorrem em mais 11 estados (Divulgação/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 26 de abril de 2017 às 08h48.

Rio de Janeiro - A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira 103 mandados judiciais, incluindo dois de prisão temporária, em uma operação deflagrada com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem internacional de dinheiro suspeita de ter movimentado mais de 5 bilhões de dólares.

De acordo com a PF, as investigações começaram a partir de uma prisão em flagrante no aeroporto internacional de Brasília em agosto de 2016. Entre os mandados expedidos pela Justiça Federal do DF estão 55 de busca e apreensão e 46 de condução coercitiva.

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As ações se concentram no Distrito Federal, mas também ocorrem na Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins, acrescentou a PF.

"A Polícia Federal investiga se integrantes da organização realizavam operações de câmbio não autorizadas, além de dissimularem a aquisição de imóveis de alto valor e promover a evasão de divisas. Para isso, eles se utilizavam de 'laranjas' e falsificavam documentos públicos, especialmente certidões de nascimento emitidas em cartórios no interior do Brasil", afirmou a PF em comunicado.

Os suspeitos são principalmente empresários proprietários de postos de gasolina, agências de turismo e lotéricas, entre outros estabelecimentos, mas a organização também contava com o apoio de advogados, contadores, funcionários de cartórios e até de um servidor da Polícia Federal.

"Em ação realizada ainda no ano de 2016, em endereços ligados a um dos integrantes do núcleo duro, foram encontrados documentos que apontam para uma empresa do tipo offshore controlada pela organização no exterior que pode ter realizado movimentações que excedem 5 bilhões de dólares", acrescentou a PF.

A Justiça Federal determinou sigilo sobre os alvos das operações até o término do cumprimento dos mandados da operação, que recebeu o nome de Perfídia -- uma referência à traição e deslealdade dos integrantes do núcleo duro da organização criminosa com o país, segundo a PF.

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